A executiva nacional do União Brasil decidiu dar início ao processo de afastamento e expulsão do atual presidente da sigla, Luciano Bivar. O requerimento foi aprovado nesta quarta, 14, em Brasília, em meio a um intenso conflito interno na sigla.
Nesta semana, o presidente eleito, Antonio de Rueda, acusou Bivar de ter ligação com dois incêndios que atingiram sua casa e de sua irmã, em Pernambuco. Integrantes do partido, ainda que sem provas, dizem que o incêndio tem motivação política.
A votação feita por membros da gestão de Bivar deu 17 votos a favor e nenhum contra, 15 membros estiveram ausentes. Bivar não participou e tem 72 horas para se manifestar antes de ser emitida uma decisão cautelar do partido. Depois disso, a executiva vota para decidir se concorda com a defesa ou não, concedendo mais cinco dias para Bivar se defender. A decisão final acontece em até 60 dias.
A presidência do partido, além do comando político e influência interna, traz o comando sobre R$ 500 milhões do fundo partidário.
A reunião do partido aconteceu na sede do partido, em Brasília, e reuniu deputados, senadores, ministros do governo filiados à sigla e ex-parlamentares. Rueda foi eleito presidente no último dia 29 de fevereiro e assumiria o comando da sigla até junho. Ele pode assumir o comando antes deste prazo, caso Bivar perca o comando.
As duas casas do novo dirigente partidário, localizadas na Praia de Toquinho, em Pernambuco, pegaram fogo simultaneamente na noite desta segunda. Segundo o secretário de Defesa Social do Estado, Alessandro Carvalho, há “indícios” de que os incêndios sejam “criminosos”. Os laudos periciais, porém, devem ser divulgados na próxima semana.
O União Brasil é uma junção do PSL, que era comandado por Bivar, e o DEM, que estava sob gestão de ACM Neto. A união das duas siglas resultou em uma bancada com 59 deputados (considerando Bivar) e sete senadores.