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Israel continuará bombardeios por ao menos 2 meses após trégua

Undisclosed (Israel), 26/10/2023.- Israeli soldiers patrol along the border with southern Gaza, in Israel, 26 October 2023. The Israeli army confirmed it carried out an overnight 'Äòtargeted raid'Äô into northern Gaza on 26 October. More than 6,500 Palestinians and at least 1,300 Israelis have been killed, according to the Israel Defense Forces (IDF) and the Palestinian health authority, since Hamas militants launched an attack against Israel from the Gaza Strip on 07 October, and the Israeli operations in Gaza and the West Bank that followed it. EFE/EPA/ABIR SULTAN

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou nesta quinta-feira (23), que os bombardeios israelenses em Gaza continuarão por pelo menos mais dois meses após a trégua para a libertação de reféns – a expectativa é a de que os primeiros sejam libertados nesta sexta (24).

– Depois, os ataques continuarão, porque precisamos completar a vitória e aumentar a pressão para a libertação do próximo grupo de reféns. Serão pelo menos mais dois meses de combates – disse Gallant.

Daniel Hagari, porta-voz do Exército de Israel, declarou que o controle da metade norte da Faixa de Gaza marca apenas o fim da primeira fase da guerra contra o grupo terrorista Hamas.

– Estamos nos preparando para as próximas etapas. Esperamos que, nos próximos dias, nos concentremos no planejamento e no cumprimento das próximas fases da guerra – disse Hagari, uma declaração consistente com a expectativa de uma guerra longa.

Apesar da pressão internacional, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também afirma que a trégua não significa o fim da guerra. Ele prometeu que, depois do cessar-fogo, vai seguir com a ofensiva até “atingir o objetivo” que é acabar com o Hamas.

LIBERTAÇÃO
Autoridades dos Estados Unidos e Israel confirmaram que a libertação de reféns, que envolve uma trégua temporária, deve ser implementada nesta sexta. Esperava-se que o acordo entrasse em vigor nesta quinta, mas os dois lados admitiram que alguns detalhes atrasaram o processo.

O governo de Israel manteve cautela ao falar do acordo. Hagari sugeriu que ainda pode haver uma reviravolta, que os parentes dos sequestrados foram alertados sobre o risco de o Hamas tentar usar uma tática de “terror psicológico” com os reféns.

– Nada é definitivo até que aconteça de verdade – disse o porta-voz do Exército de Israel.

Uma autoridade palestina disse que o atraso se deveu a detalhes de “última hora” sobre quais reféns seriam libertados e como. Nos termos da trégua, o Hamas soltará pelo menos 50 das 240 pessoas sequestradas no dia 7 de outubro.

Em troca, Israel libertará 150 prisioneiros palestinos e permitirá a entrada em Gaza de até 300 caminhões carregados de ajuda humanitária, depois de mais de seis semanas de bombardeios, combates intensos e de um bloqueio total de combustível, alimentos, medicamentos e outros bens essenciais.

De acordo com o governo do Catar, que mediou a negociação entre Israel e Hamas, junto com EUA e Egito, o primeiro grupo a ser libertado terá 13 mulheres e crianças.

– Um determinado número de civis será libertado todos os dias até atingir o total acordado de 50 no final dos quatro dias – afirmou a chancelaria do país, em comunicado.

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