A Marinha de Israel interceptou o navio Madleen no domingo, 8, quando a embarcação se aproximava da Faixa de Gaza. A bordo, estavam ativistas de várias nacionalidades, incluindo a sueca Greta Thunberg. O navio transportava ajuda humanitária e foi desviado para o porto de Ashdod, no sul de Israel.
De acordo com os ativistas, houve sequestro em águas internacionais. Em um vídeo pré-gravado, Thunberg declarou: “Se você está vendo este vídeo, nos interceptaram e raptaram.” A gravação foi divulgada pela Coligação da Flotilha da Liberdade, organização que apoia a causa palestina desde 2010.
Ação Internacional e Reações Políticas
A princípio, a embarcação partiu da Itália no dia 1º de junho com 12 ativistas de países como França, Alemanha, Brasil, Turquia, Suécia, Espanha e Holanda. O objetivo era romper o bloqueio israelita e entregar suprimentos à população de Gaza, que enfrenta uma grave crise humanitária.
Consequentemente, o governo do Irã condenou imediatamente a ação, chamando-a de pirataria. A Turquia classificou o episódio como um ataque odioso e uma violação do direito internacional. A França afirmou que trabalha para garantir o retorno rápido de seus cidadãos.
Israel se Defende
Israel não informou o ponto exato da interceptação. O Ministério da Defesa declarou que a operação teve como finalidade manter o bloqueio marítimo, justificando que ele impede o envio de armas ao Hamas. Além disso, divulgou imagens mostrando comida e água sendo distribuídas aos ativistas, que usavam coletes salva-vidas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou os ativistas de promover uma “provocação midiática”. Segundo ele, a intenção era apenas gerar publicidade.
Ajuda Humanitária Sob Bloqueio
A situação em Gaza é crítica. Milhões de palestinos enfrentam escassez de alimentos, água e medicamentos. O bloqueio imposto por Israel dificulta o acesso a bens essenciais. Para piorar, ataques próximos a centros de distribuição de ajuda têm afastado a população desses locais.
Entre os passageiros do Madleen, também estava a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan. Todos os ativistas pediram apoio aos governos de seus países para garantir segurança e repatriação.