A deputada estadual Joana Darc (UB) homenageou nesta segunda-feira (19), na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), a sua médica obstetra Dra. Édily Tourinho. Nas redes sociais, vários amazonenses questionaram a decisão da deputada que, para alguns, soou como favorecimento pessoal.
Na ocasião, Joana Darc disse que Édily é sua médica e trabalhou no processo de pré, durante e após o parto. A médica obstetra, que atua com equipe multidisciplinar e particular, já realizou partos de grandes influenciadoras amazonenses, como Vivian Amorim.
“Além de eu ser uma ativista do parto humanizado aqui no Amazonas, é uma luta do nosso mandato por projetos de leis que garantam melhor assistência. Eu sou cliente dela, já passei por toda essa experiência e oportunidade maravilhosa de ter uma assistência no antes, durante e depois do parto“, disse a deputada.
Joana Darc conta que conheceu a médica durante sua passagem como vereadora na CMM, após uma roda de conversa sobre parto humanizado em um hospital público.
“A gente tinha uma luta muito grande para que os hospitais públicos e privados pudessem garantir o direito do acompanhante e também da assistência. Eu conheci a doutora Édily naquela época porque ela era médica dos hospitais públicos e já estava plantando uma sementinha para que a gente pudesse ter esse tipo de assistência para mulheres que dependem da rede pública”, concluiu.
A homenagem não agradou nas redes sociais
“Deputada, tem médico e enfermeiro que está mais de 3 meses sem receber, a senhora não está vendo?“, disse um seguidor.
“Não faz atendimento para pobre assalariado não, a não ser de quem juntou meses para pagar o parto humanizado. Eu fui lá fazer orçamento! Isso é compaixão. Não tem nenhuma ação social para ajudar mulheres vulneráveis e pobres a ter parto humanizado“, comentou uma seguidora.
Vale ressaltar que Joana Darc não fez parto humanizado em um hospital público, mas pagou por ele. Portanto, por se tratar de uma deputada que está homenageando alguém com maior participação no setor privado e menos em favor de interesses públicos, que cogita-se suposta violação ao princípio da impessoalidade. A deputada, no entanto, alega que a doutora preencheu todos os requisitos para receber a homenagem.