O jovem Jack Greener, praticante iniciante de jiu-jítsu, sofreu um acidente grave que mudou sua vida para sempre. O caso aconteceu em 2018, durante uma aula em San Diego, nos Estados Unidos. Na ocasião, o instrutor Francisco Iturralde, conhecido como “Sinistro”, aplicou uma técnica avançada e imprópria para o nível de Greener, resultando em uma fratura na coluna cervical e deixando-o tetraplégico.
O impacto do golpe foi imediato: Jack perdeu os movimentos dos braços e das pernas durante o treinamento. Nos meses seguintes, sua condição piorou com o surgimento de complicações médicas, incluindo acidentes vasculares cerebrais (AVCs). A tragédia interrompeu não apenas seus planos acadêmicos — ele estava prestes a se formar — como também sua vida profissional e pessoal.
Após anos de batalha judicial, o júri dos Estados Unidos determinou que o instrutor deveria pagar uma indenização de US$ 56 milhões (cerca de R$ 315 milhões). O valor cobre danos físicos, emocionais e os altos custos com tratamentos médicos ao longo da vida de Greener.
Durante o julgamento, o especialista em jiu-jítsu Rener Gracie afirmou que o golpe utilizado por Iturralde foi desnecessário e extremamente arriscado para um aluno iniciante. A defesa do instrutor alegou que o acidente foi um caso isolado, mas o júri concluiu que houve negligência e imprudência.
Consequentemente, o caso reacendeu discussões importantes sobre segurança nas artes marciais. Especialistas agora alertam para a necessidade de respeito aos limites físicos dos alunos, principalmente durante treinamentos técnicos.
Atualmente, Jack Greener dedica-se à reabilitação e à conscientização sobre os riscos das práticas esportivas de contato. Ele busca garantir que outros atletas e iniciantes não passem pelo mesmo sofrimento, contribuindo com sua experiência pessoal para tornar o esporte mais seguro para todos.