Começa nesta segunda-feira (5) a seleção do júri do julgamento criminal de Sean “Diddy” Combs. O rapper se declara inocente das acusações de conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição. As declarações iniciais estão previstas para 12 de maio.
Se condenado, pode pegar prisão perpétua. Combs está sob custódia no Centro de Detenção Metropolitano (MDC) no Brooklyn desde sua prisão em setembro de 2024. A seguir, acompanhe os detalhes do julgamento.
Quais são as acusações?
Em setembro de 2024, Combs foi preso em Nova York. A Justiça o indiciou por conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição. O rapper, portanto, se declarou inocente. Consequentemente, em abril, promotores apresentaram uma denúncia substitutiva com mais acusações de tráfico sexual e transporte para prostituição. Assim, Combs reiterou sua inocência.
De fato, as promessas fazem alegar que Combs coagiu pelo menos três mulheres a praticar atos sexuais com ele. Segundo as autoridades, essas ações ocorreram durante eventos chamados “Freak Offs”. Além disso, as vítimas eram drogadas e forçadas a fazer sexo por dias. Além disso, há alegações de gravações de alguns atos sexuais e ameaças de violência, bem como promessas de oportunidades e controle por parte de Combs.
Por outro lado, de acordo com o governo, Combs também enfrenta dezenas de processos civis. Algumas vítimas, incluindo menores de idade na época, alegam que o artista as drogou para depois abusá-las. No entanto, essas ações civis não fazem parte do julgamento criminal e, portanto, não serão consideradas durante o processo. Assim sendo, o juiz determinou que evidências de alegações anteriores, não incluídas na denúncia, não serão permitidas.
Sem transmissão pela TV
Adicionalmente, a justiça também determinou que o julgamento de Combs não terá transmissão, conforme regras do tribunal federal. Assim, as imagens possíveis virão de artistas forenses, e a CNN enviará jornalistas para cobrir o caso, com reportagens ao vivo e por plataformas digitais.
Quem é o juiz?
O juiz Arun Subramanian conduz o caso. Além disso, foi nomeado em 2022 pelo presidente Joe Biden, assumindo em 2023. Antes, trabalhou no escritório Susman Godfrey e foi assistente jurídico da juíza Ruth Bader Ginsburg. Posteriormente, Combs também passou por audiências com outros juízes, mas o caso foi transferido para Subramanian, que negou pedidos de fiança.
Quem são os advogados?
Os advogados Marc Agnifilo e Teny Geragos representam Combs. Além disso, Brian Steel, de destaque, entrou para a equipe em abril. Agnifilo já defendeu nomes como Martin Shkreli, Keith Raniere e Roger Ng. Já Geragos é sócia na equipe e filha do famoso advogado de defesa criminal, Marc Geragos.
Quem são as testemunhas?
O governo identificou quatro vítimas que deverão testemunhar. Durante uma audiência em 18 de abril, o juiz permitiu que três delas testemunhassem sob pseudônimos. Assim, Cassie Ventura, ex-namorada de Combs, decidiu usar seu nome real. Ela alegou ser vítima de abuso em 2018 e processou Combs em 2023. Combs, portanto, negou as acusações.
Por fim, em maio de 2024, um vídeo de vigilância mostrou Combs agredindo Ventura em 2016. Consequentemente, após a divulgação, ele pediu desculpas publicamente, admitindo seu comportamento inaceitável.