A Justiça do Amazonas decidiu que o dono do supermercado Vitória, Joabson Agostinho Gomes, não irá a julgamento pela morte do sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães. O crime aconteceu em setembro de 2021.
Na mesma decisão, a Justiça optou pela impronúncia de cinco acusados no caso de assassinato, entre eles Romário Vinente Bentes, gerente de uma das unidades. Além de Romário e Joabson, a Justiça também isentou Kamylla Tavares da Silva, Kayandra Pereira Castro e Kayanne Castro Pinheiro. A justiça manteve apenas a prisão preventiva de Silas Ferreira da Silva, acusado pelos disparos que resultaram na morte do sargento.
O que é a impronúncia
A impronúncia é uma decisão judicial que encerra a primeira fase do processo do Tribunal do Júri. Isso ocorre quando não há provas suficientes para acusar o réu. Vale ressaltar que essa decisão não significa que o réu é inocente, mas indica a falta de provas mínimas para levá-lo a julgamento popular.
Juri Popular
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) disse que ingressará com recurso nesta quinta-feira (27). De acordo com o promotor de Justiça Márcio Pereira de Mello, da 105ª Promotoria de Justiça de Manaus, a Justiça deve levar Joabson e os demais acusados a Júri Popular.
De acordo com Márcio, Silas Ferreira da Silva, o executor do crime, confessou sua participação em um interrogatório policial. Durante o depoimento, ele forneceu detalhes sobre o crime e mencionou que sua contratação ocorreu por meio de uma funcionária do supermercado Vitória. A mulher, inclusive, também lhe entregou um celular para se comunicar sobre o delito.
Relembre o caso
O crime ocorreu em uma cafeteria de propriedade do sargento Lucas Ramon Guimarães, localizada no bairro Praça 14. Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem entrou no local e executou o militar, fugindo em seguida em uma motocicleta.
Segundo a denúncia do MP, a motivação do crime estaria relacionada a um relacionamento extraconjugal entre o sargento, que era casado, e a esposa de Joabson Agostinho Gomes.