A Justiça de Minas Gerais determinou a ampliação do bloqueio de bens dos donos da agência on-line de viagens 123 Milhas para R$ 900 milhões.
O juiz Eduardo Henrique de Oliveira Ramiro, da 15ª Vara Cível de Belo Horizonte, atendeu a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A decisão foi anunciada nesta terça-feira (17/10).
No mês passado, a Justiça de Minas havia determinado o bloqueio de R$ 50 milhões do grupo empresarial e dos donos da 123 Milhas, Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Julio Soares Madureira.
“Considerando que as próprias rés informaram nos autos da ação de recuperação judicial que o valor dos débitos quirografários de todas as empresas do grupo econômico são de, aproximadamente, R$ 900.000.000, defiro o pedido de aumento do limite do arresto para esse valor”, anotou o magistrado em sua decisão.
Crise na 123 Milhas
Em 18 de agosto, a 123 Milhas suspendeu a emissão de passagens e pacotes de viagens de sua linha promocional, para o período entre setembro e dezembro. A empresa ofereceu como única opção de ressarcimento vouchers para serem usados na própria plataforma.
No fim de agosto, a 123 Milhas entrou em recuperação judicial. Ela tem dívidas estimadas em R$ 2,3 bilhões, com cerca de 730 mil credores.
Após o Banco do Brasil, o maior credor da empresa, apresentar um recurso, a Justiça suspendeu a recuperação judicial. O banco alegou que a 123 Milhas não apresentou todos os documentos exigidos no processo.