O diagnóstico precoce da leucemia é crucial para o sucesso do tratamento. De acordo com o INCA, o Brasil deve registrar cerca de 11.540 novos casos este ano. Além disso, exames completos — desde análises de rotina até testes genéticos — permitem tratamentos personalizados.
Graças aos avanços na medicina, as terapias estão mais precisas, o que aumenta a sobrevida dos pacientes. Por exemplo, a hematologista Fernanda Queiroz, do Sabin Diagnóstico e Saúde, explica que a leucemia na verdade engloba diferentes tipos, como LMA, LMC, LLA e LLC. Cada um deles, por sua vez, exige uma abordagem específica.
Entre os sintomas mais comuns, destacam-se fadiga, palidez, hematomas e infecções recorrentes. Normalmente, o diagnóstico começa com um hemograma, pois ele pode revelar anemia, alterações nos glóbulos brancos ou plaquetas. Segundo a especialista, “as células doentes prejudicam a produção de células saudáveis na medula”.
Para confirmar a suspeita, é necessário um aspirado ou biópsia da medula óssea. Em seguida, o mielograma avalia a proporção de células doentes, enquanto a imunofenotipagem identifica marcadores específicos. Além disso, exames como cariótipo, FISH e NGS detectam mutações genéticas, o que auxilia na escolha do tratamento.
Quanto às terapias, elas variam conforme o tipo de leucemia. Além da quimioterapia e do transplante, há opções como terapias-alvo, as quais atacam apenas células cancerosas. Para monitorar a resposta, técnicas como RT-PCR e citometria de fluxo ajudam a evitar recaídas.
Um caso emblemático é o da leucemia promielocítica aguda (LPA), que pode ser tratada com ATRA e trióxido de arsênio. Dessa forma, reduz-se a necessidade de quimioterapia intensiva. Conforme explica a médica, “exames genéticos confirmam se a mutação foi eliminada. Caso contrário, novas abordagens são necessárias”.