O presidente francês, Emmanuel Macron, revelou que França, Alemanha e Reino Unido estão prontos para apresentar “uma oferta de negociação completa, diplomática e técnica” ao Irã, com o objetivo de acabar com o conflito crescente com Israel. Segundo Macron, não pode haver “frouxidão” ao lidar com um país que possui capacidades nucleares.
Primeiramente, Macron afirmou em coletiva que o processo de paz deve incluir:
- Retomada do controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com acesso a instalações iranianas, visando enriquecimento zero de urânio.
- Supervisão do programa balístico do Irã, limitando suas capacidades militares.
- Transparência sobre o financiamento de grupos armados que desestabilizam o Oriente Médio.
- Libertação de reféns estrangeiros detidos pela República Islâmica.
“O retorno às negociações deve ser absolutamente priorizado, incluindo o tema nuclear — caminhando em direção ao enriquecimento zero…”, afirmou Macron.
Escalada entre Israel e Irã
Após múltiplas ameaças, Israel lançou um “ataque preventivo” visando componentes do programa nuclear iraniano, com o objetivo de impedir a fabricação de armas nucleares. Em retaliação, o Irã disparou drones e mísseis contra alvos israelenses. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou, em 14 de junho, que os ataques devem continuar e prometeu ir contra todas as bases iranianas.
Até agora, a infraestrutura nuclear iraniana sofreu dano parcial. Desse modo, as pernas significativas dependerão do uso de armas mais potentes ou inclusão direta dos EUA no conflito, algo defendido pelo governo israelense.
Por fim, a proposta ocorrerá em Genebra, começando às 15h (horário local), quando o chanceler francês Jean-Noël Barrot se reunirá com seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, ao lado dos representantes do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha e do Reino Unido.