A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) revelou detalhes chocantes sobre o assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 25 anos, em Sepetiba, Zona Oeste do Rio. A jovem morreu com um tiro na nuca enquanto empurrava o carrinho de seu filho de 1 ano e 8 meses, em um crime encomendado por Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, madrasta da filha mais velha de Laís.
Motivada por uma obsessão doentia e um desejo de eliminar a presença da mãe biológica, Gabrielle pagou R$ 20 mil a dois homens para cometerem o homicídio.
O planejamento frio e a execução do crime
De acordo com a polícia, Gabrielle contratou dois homens para executarem Laís: Erick Santos Maria, que pilotava a moto usada no crime, e Davi de Souza Malto, que efetuou o tiro fatal. Ademais, Erick se entregou à polícia em 7 de novembro, e as autoridades capturaram Davi três dias depois, em Duque de Caxias. Na ocasião, a mãe de um dos envolvidos reconheceu seu filho nas imagens de segurança. A dupla confessou o crime.
As investigações apontam que o crime foi minuciosamente planejado, com Gabrielle monitorando a rotina de Laís e até enviando ameaças à vítima.
A obsessão por ser “a única mãe”
Gabrielle desenvolveu uma obsessão por Alice, filha de Laís com o ex-companheiro Lucas Soares Ramos. A madrasta exigia que a criança a chamasse de “mamãe Gabi” e tentou afastá-la da mãe biológica. Testemunhas e familiares afirmam que Gabrielle era extremamente controladora e não aceitava a presença de Laís na vida de Alice. Os comportamentos surgiam especialmente após disputas sobre a guarda da criança.
Mensagens agressivas recuperadas pela polícia mostram que Gabrielle, após discussões sobre a guarda, já ameaçava Laís:
“Acredito que não preciso ir até você, só estou deixando bem claro. A próxima, não te mando mensagem. Sei muito bem por onde anda”, escreveu em um de seus recados.
A psicologia por trás do crime aponta que Gabrielle não aceitava o fato de Laís ser a mãe de Alice e a via como um obstáculo para sua obsessão por ser a única figura materna na vida da criança.
A confissão e fuga da mandante
Após a execução, Gabrielle chegou a confessar o crime em mensagens enviadas a conhecidos, revelando sua falta de arrependimento:
“Não adianta, eu não vou me entregar. Eu fiz sabendo, paguei pelo sumiço dela”. Ela reafirmou em outra mensagem: “Eu não vou me entregar. Simples.”
Com o avanço das investigações, a polícia descobriu que Gabrielle já estava planejando o assassinato de Laís há algum tempo e havia sido ameaçadora em diversas ocasiões, mostrando que sua intenção era eliminar a mãe biológica da vida de sua filha.
O velório e a busca por justiça
O velório de Laís foi realizado no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, e reuniu muitos familiares e amigos que pedem justiça. A morte de Laís, que aconteceu de forma cruel e com uma cena devastadora, tocou o país. Gabrielle, a mandante do crime, segue foragida, com prisão temporária decretada.
Familiares e amigos da vítima exigem a prisão imediata da responsável, e a polícia segue em busca de mais informações que possam levar à captura de Gabrielle e de outros possíveis intermediários no crime.
