Em um vídeo divulgado pela organização anti-aborto Center for Medical Progress (CMP), uma funcionária da companhia de biotecnologia Advanced Bioscience Resources (ABR), empresa acusada de lucrar com a venda de tecidos fetais para pesquisa e parceira da maior rede de abortos dos Estados Unidos, admitiu que bebês eram dissecados, ainda com o coração batendo, para serem usados em estudos.
Em uma parte das gravações, a gerente de compras da ABR, Perrin Larton, diz que os fetos “caíam” de algumas mulheres na sala de operações. Ela detalhou que a clínica recebia os bebês intactos diretamente do médico do aborto e os dissecava no laboratório por partes do corpo solicitadas por pesquisadores.
Ao ser questionada se os fetos ainda tinham batimento cardíaco quando passavam por esses procedimentos, Larton respondeu que podia “ver corações que não eram de um POC [produto da concepção] intacto, batendo de forma independente”.
A declaração pode caracterizar a violação de uma lei federal norte-americana que estabelece que um feto nascido com o coração batendo é um ser humano com igual direito à proteção sob a forma da lei. Segundo a CMP, a Advanced Bioscience Resources seria parceira de negócios da Planned Parenthood, organização responsável por cerca de metade dos abortos realizados nos EUA.
Em setembro de 2018, o governo Trump rompeu um acordo com a ABR sobre o fornecimento de tecidos fetais para pesquisa sob a justificativa de que a administração pública “não estava suficientemente segura de que o contrato incluísse as proteções apropriadas à pesquisa ou atendesse a todos os outros requisitos de aquisição”.