A Polícia Federal detalhou na manhã de hoje (14), como funcionava o esquema de Pirâmide Financeira operado por empresários presos na Operação Fair Play, deflagrada em Manaus e em outras quatro capitais. O golpe vitimou mais de 350 de servidores públicos e pensionistas que eram convencidos a contrair empréstimos para investir em uma falsa empresa usada pelos suspeitos.
O modus operandi do grupo consistia em aliciar servidores públicos tanto ativo como aposentados, oferecendo rendimentos fixos sem precisar de capital próprio. Eles orientavam os servidores a solicitar empréstimo consignados, se comprometiam a fazer os pagamentos das parcelas dos consignados com (rendimentos fixos) que eram feitos junto à empresas regulares, a partir daí faziam contrato de 1 ano com o servidor. Esses contratos não tinham validade, mas eles davam um ar de legalidade e chegavam a levar em cartórios”, explica o delegado Eduardo Zózimo.
Durante o golpe, os suspeitos chegavam a oferecer bônus para que as vítimas indicassem outros servidores para eles e também costumavam patrocinar eventos e shows para ganhar visibilidade e a confiança das pessoas.
“Eles ofereciam bonificações para quem indicasse outro servidor, o que é típico de pirâmide financeira. Eles mandavam mensagem por Whatsapp, visitavam instituições públicas, patrocinavam shows de atrações nacionais”, alerta o delegado.
Os empresários cumpriam o prometido por seis ou dez meses, para arrecadar o maior valor possível, após esse período entravam na fase final do golpe.
Segundo o delegado Sávio Pizon, nessa fase, quando as vítimas iam tentar sacar os valores, a falsa empresa fechava as portas e os sócios desapareciam misteriosamente.
O dinheiro era lavado por meio da abertura de outras empresas de diversos segmentos, incluindo concessionárias e outras empresas. As investigações duraram mais de 1 ano segundo a PF.
Além de perder o “rendimento fixo”, os servidores também ficavam com a dívida do empréstimo para pagar.
A PF afirma que até o momento, mais de 350 vítimas já procuraram a delegacia, mas pela lei, elas terão que pleitear a devolução dos valores roubados junto à Justiça.