Semana do Circo em Manaus: Documentário “Estradas e Rastros” faz estreia poética
Primeiramente, durante a Semana do Circo, Manaus recebe a estreia do documentário “Estradas e Rastros”. Na verdade, trata-se de um registro poético que não apenas retrata a cena circense local, mas também conecta arte, ancestralidade e resistência cultural. Além disso, a exibição acontece nesta quarta-feira, 26 de março, no cinema do Casarão de Ideias (Rua Barroso, 279, Centro), com entrada gratuita.
A Diretora: Teffy Rojas e a Resistência Circense
Por um lado, o filme é dirigido por Teffy Rojas, malabarista e palhaça venezuelana formada na Fundación Escola Circo Nacional de Venezuela (FCNV). Por outro lado, desde 2015, ela vive em Manaus, onde ativamente integra grupos culturais dedicados à promoção do circo. Além do mais, desenvolve projetos independentes que oferecem oficinas e levam o circo social a periferias e comunidades ribeirinhas. Dessa forma, seu trabalho vai além do artístico, atingindo também uma dimensão social.
Entre Realidade e Imaginação: A Narrativa do Filme
Acima de tudo, o documentário se destaca por transcender o convencional, misturando habilmente realidade e fantasia. Segundo Teffy, “O que me motivou, sobretudo, foi mostrar o desafio de ser artista de circo em uma cidade com tanta história, mas que ainda luta por reconhecimento”.
Ao mesmo tempo, através de histórias pessoais, o filme revela como o circo em Manaus serve como forma de expressão e resistência. Principalmente para artistas indígenas em contextos urbanos, essa arte se torna um veículo de identidade. Como bem expressa Andira Angeli, uma das protagonistas: “Em suma, conectar minha ancestralidade com o circo me faz entender a importância desse resgate.”
Poesia e Performance: Os Personagens do Documentário
Nesse contexto, a narrativa é conduzida por três artistas distintos:
- Primeiramente, Andira Angeli e Jean Winder, representando o circo;
- Em segundo lugar, Rafael César, que traz o elemento poético.
Assim sendo, o filme acompanha um poeta andarilho em sua jornada por encontrar seres encantados – artistas que transformam o cenário urbano em espaço mágico. Conforme explica Rafael: “Decerto, participar foi especial porque o filme equilibra perfeitamente o real e o poético.”
Trilha Sonora e Equipe: A Construção Coletiva
Igualmente importante é a trilha sonora, criada coletivamente através de um processo colaborativo. Jean Winder ressalta: “Sem dúvida, a música e a dança emergem naturalmente da relação dos artistas com seu território e identidade.”
Por fim, a equipe conta com diversos talentos:
- Inicialmente, Alain Vasquez no circo tradicional;
- Ademais, Stivisson Menezes e Iogan Montefusco na trilha sonora;
- Não menos importante, Paulo Desana na fotografia;
- Finalmente, Luzeiros das Artes na produção.
Um Manifesto Artístico
Em síntese, “Estradas e Rastros” não é simplesmente um filme, mas sim um poderoso manifesto visual. Portanto, celebra de maneira vibrante a força do circo e sua profunda conexão com a cidade de Manaus e seus habitantes. Dessa maneira, a obra se consolida como um testemunho da arte que persiste, encanta e transforma.
Em última análise, esta produção representa um marco importante para a cena cultural local, mostrando como a arte circense pode ser, ao mesmo tempo, tradição e vanguarda.