Na tarde desta quinta-feira (10), a Avenida Paulista, em São Paulo, foi palco de um grande protesto organizado por movimentos de esquerda. A mobilização exigiu a taxação dos super-ricos e o fim da escala de trabalho 6×1, muito criticada por sindicatos e trabalhadores do setor de serviços.
Primeiramente, a manifestação teve forte presença de militantes e lideranças políticas, que deram uma resposta direta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Durante o protesto, manifestantes exibiram faixas e entoaram palavras de ordem contra Trump. O presidente norte-americano sofreu críticas por sua postura considerada hostil ao Brasil, após anunciar a sobretaxa sobre importações.
A manifestação também ganhou força após a derrubada do decreto de aumento do IOF no Congresso Nacional — fato que mobilizou ainda mais os manifestantes contra o que chamaram de “agenda antinacional e regressiva”.
Boulos critica Trump e desafia Tarcísio de Freitas: “Vá ser governador da Flórida”
Um dos destaques do ato foi o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que discursou em cima de um carro de som. Ele declarou que o público presente era uma resposta aos que “trabalham contra o Brasil” e enviou um recado direto a Trump:
“O Brasil não é república das bananas. O Brasil é dos brasileiros. Trump, vá cantar de galo para outro lado, aqui não.”
Boulos também criticou duramente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por sua posição considerada passiva diante da decisão dos Estados Unidos:
“Que no ano que vem ele vá pedir voto lá em Miami, e não para os trabalhadores de São Paulo (…) vá ser governador da Flórida.”
O ato contou ainda com a participação de diversos parlamentares da esquerda, como os deputados federais Ivan Valente (PSOL), Orlando Silva (PCdoB), Erika Hilton (PSOL) e o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT). Juntos, eles defenderam uma agenda de justiça fiscal, soberania econômica e valorização dos direitos trabalhistas.
Mobilização amplia o debate nacional sobre desigualdade e soberania
A manifestação desta quinta-feira reforça a crescente mobilização da sociedade civil e de setores organizados contra políticas que aprofundam a desigualdade social e econômica. Com foco em combater a concentração de riqueza e proteger o trabalhador brasileiro, os organizadores prometeram continuar os atos nas próximas semanas.