O marido da professora Ellida Ferreira, de 26 anos, preso nesta quarta-feira (9), confessou que matou a mulher, segundo informações da polícia de São Paulo.
O corpo da vítima foi encontrado na última segunda-feira (7), em um córrego, com as mãos e os pés amarrados, além de marcas de espancamento. Inicialmente, Luis Paulo dos Santos, de 44 anos, contou que a mulher estava a caminho da rodoviária do Tietê para viajar para Campinas, no interior de São Paulo, onde a mãe dela mora. No entanto, a polícia decidiu prendê-lo em razão de inconsistências na versão apresentada pelo homem e porque pistas indicavam a participação dele na morte.
Segundo o delegado Bruno Cogan, vários indícios apontaram para a ocorrência de um crime passional, como o rosto coberto e o fato de o corpo estar enrolado em um lençol de boa qualidade. “Esses elementos indicavam que havia uma relação entre o autor e vítima”, disse o delegado. Isso fez com que a polícia descartasse crimes como latrocínio ou o envolvimento de facções criminosas.
Os indícios que mostravam a participação do marido, de certa forma, surpreenderam a polícia, já que, nas redes sociais, o casal aparentava ter uma vida feliz. “Até então, teriam um relacionamento de conto de fadas”, afirmou Cogan.
O delegado afirmou que o crime ocorreu entre a noite de sexta-feira (4) e a madrugada de sábado (5). Luis foi flagrado ao carregar o corpo da mulher envolto em um lençol dentro de um carrinho de supermercado. Ele foi filmado no elevador e no caminho até o carro. Mais tarde, o assassino voltou segurando o bebê de 6 meses do casal e entrou no veículo para deixar o corpo da mulher no córrego.
Ainda segundo a polícia, ele chegou a simular uma conversa entre ele e a mulher pelo celular. Em seguida, foi até a casa da família da jovem em Campinas e chegou a almoçar lá.
Desesperados, os parentes procuraram sinais de Ellida na rodoviária de Campinas e no Terminal Rodoviário do Tietê, onde ela embarcaria, segundo a versão de Luis Paulo. Até que foram informados pela polícia de São Paulo, na segunda-feira, de que o corpo havia sido encontrado em um córrego na zona leste da capital.
A família estranhou o fato de Luis Paulo não ter comparecido ao IML (Instituto Médico Legal) para reconhecer o corpo nem ao enterro, realizado na terça-feira (8). Um dia depois, nesta quarta (9), a polícia entendeu que tinha elementos suficientes para prender o professor de jiu-jítsu, que confessou o crime.