Informações repassadas a partir dos Estados Unidos para o Ministério da Justiça terminaram com a apreensão de uma adolescente de 13 anos que planejava fazer um massacre em escola, em Araçatuba, interior de São Paulo, na tarde desta terça-feira (2). Nas redes sociais ela possuía um perfil para disseminar ameaças. Em sua casa também foi apreendido uma espingarda e um revólver.
Além de ostentar armas nas redes sociais, a menina trocava mensagens com outros adolescentes sobre eventuais atentados. O pai foi preso pela posse ilegal de armas de fogo, entre elas uma espingarda carabina 22 e um revólver calibre 32, que estavam no quarto dos pais da garota. O celular da adolescente também foi apreendido.
O ofício foi encaminhado do Ministério da Justiça ao Seccold (Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro) da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Araçatuba.
Na casa da menina também foram encontrados materiais nazistas, como uma máscara de um grupo criado nos EUA, chamado de divisão Atomwaffen, e duas folhas de caderno com conteúdo nazi. Segundo informações, ela estaria se preparando para cometer um massacre semelhante ao ocorrido em Suzano, em março de 2019, quando um adulto e um adolescente assassinaram sete pessoas, entre alunos e professores. Ela confessou à polícia ser fã de um dos autores deste massacre e disse que pretendia cometer a chacina, embora tenha negado coragem em tomar atitude.
O pai da adolescente apreendida negou que soubesse das postagens da filha, já a mãe alegou que sabia das publicações da menina, mas não sabia que atitude tomar. Ela foi mantida custodiada e deve passar por audiência com a Promotoria da Infância e da Juventude nesta quarta-feira (3).