A Polícia Científica do Pará (PCEPA) removeu o corpo de Paulo Guilherme da Silva Guerra, de apenas 6 anos. Na ocasião, populares encontraram a criança morta dentro de uma mala na tarde desta segunda-feira (27) em frente ao cemitério São Jorge, no bairro da Marambaia, em Belém, no Pará.
De acordo com a Polícia Militar, uma pessoa que passava pelo local abriu a mala, encontrou o corpo da vítima e acionou as autoridades. A causa da morte ainda é um mistério.
Nas redes sociais, passou a circular um vídeo onde a criança aparecia com camisa branca e bermuda escura. Várias pessoas aparecem incrédulas com a cena. “Meu Deus do céu”, diz um homem ao fundo da gravação. Uma foto também mostra uma luva de boxe dentro da mala, próxima à cabeça da vítima.
Ainda nesta segunda (27/10), familiares de Guilherme usaram as redes sociais para pedir ajuda nas buscas pelo menino, que havia desaparecido na noite de domingo (26/10).
O 27º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento da área, foi acionado e isolou o local após constatar o corpo da criança dentro da mala. Em seguida, a PCEPA foi comunicada para iniciar os procedimentos periciais.
O perito criminal Benedito Leão informou que a vítima estava dentro da mala há mais de seis horas, pois o corpo não apresentava rigidez completa. “Ele não apresentava nenhuma lesão externa que justificasse uma morte traumática, nem projétil de arma de fogo, nem sinais no pescoço. Além disso, a criança estava com cogumelos vindos da narina. Portanto, existe a possibilidade de morte por asfixia, como estrangulamento, esganadura ou sufocamento, que não deixam lesões visíveis”, explicou.
Causa da morte
Para determinar a causa exata da morte, o perito destacou a importância do exame cadavérico, que deve indicar o modo e as circunstâncias do óbito. “O médico vai abrir o corpo, analisar o pulmão e verificar se há características de morte por asfixia mecânica, que é o mais provável”, afirmou.
Sobre a luva de boxe localizada junto ao corpo, Leão informou que a perícia coletou o item para análise genética, assim como a mala. “Mandaremos essa luva para exame de DNA. Também coletamos perfis genéticos nas alças da mala, no carretel e em todos os lugares possíveis que a pessoa possa ter tocado. Com esse perfil genético, poderemos identificar o autor do crime”, acrescentou.
De acordo com o perito, a família relatou que Guilherme estava com uma roupa diferente da que encontraram no corpo. Ademais, as vestimentas não pertenciam à criança. Por fim, as autoridades divulgarão o laudo com a causa da morte em até 10 dias.
