O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) contra dois deputados federais do Partido Liberal (PL) em razão de um bate-boca em uma audiência na Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado. Almeida pede que seja apresentada queixa-crime contra um dos parlamentares e um pedido de explicações ao outro.
A confusão que deu origem ao pedido do ministro aconteceu no último dia 5 de dezembro, durante uma sessão conjunta das comissões de Segurança Pública e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Os alvos de Almeida são os deputados Gilvan da Federal (PL-ES) e Marcos Pollon (PL-MS).
Durante a sessão, Gilvan questionou a falta de posicionamento do ministro sobre a morte de policiais pelas mãos do Comando Vermelho, facção que, de acordo com o deputado, teria ligação com os ministérios dos Direitos Humanos, chefiado por Almeida, e da Justiça, então dirigido por Flávio Dino. Após a fala, iniciou-se um bate-boca e o ministro chamou o congressista de “caluniador”.
Marcos Pollon, por sua vez, repetiu a acusação e questionou se o ministro teve relações com o crime organizado quando era advogado. Por conta da confusão, a sessão acabou sendo encerrada antes do previsto. Em sua solicitação para a AGU, Silvio Almeida pediu que a pasta apresente uma queixa-crime contra Gilvan e um pedido de explicações a Pollon.
– Os parlamentares insinuaram a prática de fatos criminosos a mim, em clara ofensa à minha honra, especificamente como ministro – alegou Almeida.