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29 de outubro de 2025
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Moradores retiram corpos após megaoperação no Alemão e Penha, no Rio de Janeiro

Após a megaoperação para conter a expansão do Comando Vermelho (CV), no Rio de Janeiro, moradores dos complexos do Alemão e da Penha retiraram dezenas de corpos de áreas de mata e os levaram até uma praça na madrugada desta quarta-feira (29).

A população pôs cerca de 50 corpos em kombis e levaram até a Praça São Lucas, na Penha, segundo relatos locais. O número exato de mortos ainda é desconhecido. A Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que, até o momento, 60 suspeitos e quatro policiais morreram na Operação Contenção, realizada nesta terça-feira (28).

A operação também resultou em 81 prisões e na apreensão de 90 fuzis, de acordo com a Polícia Civil, que esperava deter cerca de 100 traficantes.

O Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF) classificou a ação como a mais letal da história do estado, superando a chacina do Jacarezinho, em 2021, quando 28 pessoas foram mortas.

“Entre 2007 e 2025, o Rio registrou 707 chacinas policiais, com 2.905 civis e 31 policiais mortos. As chacinas se tornaram regra, não exceção”, afirmou o grupo em nota.

Os pesquisadores destacam que as três operações mais letais desde 1990 ocorreram durante o governo de Cláudio Castro (PL), reeleito em 2022.

Na manhã desta quarta, o prefeito Eduardo Paes (PSD) informou que a cidade retomou a normalidade, com vias desobstruídas e transporte funcionando. O município voltou ao Estágio 1 de operação, que indica ausência de impactos graves na rotina da população.

 Impactos na educação e saúde

Por segurança, a Secretaria Municipal de Educação fechou 29 escolas no Complexo do Alemão e 17 na Penha. Uma escola estadual também suspendeu as aulas. Além disso, seis unidades de saúde de Atenção Primária interromperam o atendimento.

O transporte público foi fortemente afetado, com mais de 100 linhas de ônibus alteradas, segundo a Rio Ônibus.

Estrutura da operação

A Operação Contenção mobilizou 2.500 agentes em 26 comunidades. Participaram policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE) e de unidades da capital e região metropolitana, além de agentes da Polícia Civil, promotores do Ministério Público Estadual e equipes de inteligência.

A operação contou com drones, helicópteros, 32 blindados terrestres, 12 veículos de demolição e ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate.

 

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