O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta quinta-feira (15), o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos de 8 de Janeiro, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Cid está preso desde 3 de maio no Batalhão de Polícia do Exército. Ele é investigado por falsificar cartões de vacina da Covid-19, incluindo documentos da própria família de Bolsonaro. No âmbito dessa investigação, a Polícia Federal encontrou no celular do tenente-coronel uma minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Em sua decisão, Moraes ressaltou que a condução de Cid para a CLDF deverá ser feita “mediante escolta policial e somente ocorrerá se houver sua prévia concordância”, uma vez que o STF proibiu a realização de conduções coercitivas de investigados.
O magistrado também autorizou a liberação de Alan Diego dos Santos e George Washington de Oliveira Sousa, presos devido a uma tentativa de explosão de bomba no aeroporto de Brasília em dezembro do ano passado; do indígena José Acácio Sererê Xavante; e dos policiais militares Cláudio Mendes dos Santos, Flávio Silvestre Alencar e Jorge Eduardo Naime Barreto.
Ainda não há data marcada para os depoimentos. Na próxima quinta-feira (22), a CLDF ouvirá o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias. As oitivas de Mauro Cid e dos outros investigados, portanto, deverão acontecer a partir do dia 29.