O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (26) a conversão das medidas cautelares impostas ao ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, em prisão preventiva. A decisão foi tomada após o rompimento da tornozeleira eletrônica e a fuga do réu para o Paraguai, em descumprimento às ordens judiciais.
O STF condenou o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Apesar da condenação, ele ainda não cumpria pena em regime fechado, pois o processo não havia transitado em julgado.
Desde agosto de 2024, quando deixou a prisão em Brasília após quase um ano detido, Silvinei estava submetido a medidas cautelares. Assim, ele fazia uso de tornozeleira eletrônica seguia proibido de sair do país e recolhimento domiciliar noturno. À época, Moraes avaliou que ele não representava risco às investigações, mas impôs restrições rigorosas.
Segundo o ministro, a Polícia Federal identificou a interrupção do sinal da tornozeleira no dia 25 de dezembro. Diligências realizadas no endereço do réu, em São José (SC), indicaram que ele havia fugido, não sendo encontrado durante fiscalização noturna. Imagens de câmeras de segurança mostraram que, na noite anterior, Silvinei retirou pertences pessoais e deixou o prédio em um veículo alugado, acompanhado de um cachorro.
Na decisão, Moraes afirmou que a violação das medidas cautelares e a fuga sem justificativa legal autorizam a decretação da prisão preventiva.
