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12 de abril de 2025
Amazonas

Moro pediu à Polícia Federal a abertura de investigações para qualquer desvio de verba no combate ao Covid-19

Depois que o governo do Amazonas gastou R$ 2,9 milhões em 28 ventiladores pulmonares em uma loja especializada em vinhos, e que o valor unitário de cada aparelho saiu até quatros vezes mais e foram considerados “inadequados” pelo Conselho Regional de Medicina para tratar pacientes com Covid-19, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, informou em suas redes sociais nesta segunda-feira,20, que determinou a abertura de investigações, pela Polícia Federal (PF), para apurar o desvio de verbas que seriam destinadas de enfrentamento ao coronavírus.

Segundo Crenam, a compra feita pelo governo amazonense não é adequada para a necessidade do tratamento de pessoas com Covid-19 em estado grave. “Os aparelhos estão incompletos sem filtro bacteriano e válvula de fuga”, afirma, o o conselheiro do Cremam, Ricardo Goés Filgueiras. “E segundo o manual de fabricante não é adequado para uso de suporte a vida. E está contraindicado em pacientes que não possam suportar mais do que breve interrupções da ventilação”, completa em seu relatório.

Em sua conta do Twitter, Moro disse que vai trabalhar em conjunto com a Controladoria-Geral da União. 

Na nota da compra feita pelo governo do Amazonas mostra que foram comprados 24 ventiladores da marca Resmed, ao custo de R$ 104,4 mil cada um. No mercado brasileiro e no exterior, o mesmo ventilador é comercializado a R$ 25 mil, o que configura um sobrepreço de 316%.

Outros quatro aparelhos da marca Phillips foram comprados na adega, e cada um custou R$ 117,6 mil. Normalmente, os mesmos respiradores são vendidos a R$ 38 mil. A diferença é de 209,4%.

Em nota, o governo do Amazonas garantiu que a compra foi legal e seguiu as normas públicas. O governo também disse que as empresas aumentaram o valor dos respiradores por causa da demanda da pandemia.

Anunciado pelo governador, os equipamentos haviam sido comprados para o Hospital Delphina Aziz, referência no tratamento da doença no Amazonas, mas foram enviados para Hospital Universitário particular Nilton Lins, alugado pelo estado com o valor do aluguel por R$ 2,6 mi  que também é questionado na Justiça.

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