O Ministério Público do Amazonas (MPAM) entrou com um recurso, nesta quinta-feira (24/07), e pediu a condenação de Isabelly Aurora por estelionato por venda de rifas ilegais na internet. A influencer foi absolvida durante o julgamento ocorrido na sexta-feira (19/07) por decisão da juíza Aline Ribeiro Lins, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Manaus.
No pedido, o MPAM alega que houve contradição na sentença da magistrada, isso porque Isabelly confessou que realizava as rifas, mas a juíza a absolveu por “ausência de provas”.
Na decisão, a juíza Aline Ribeiro Lins alegou que houve dúvidas se Isabelly praticou “as condutas delituosas relatadas na denúncia”. A magistrada também afirmou que houve “a ausência de indicação como testemunha na peça acusatória, de algum agente policial envolvido na investigação, mormente a Autoridade Policial responsável, fulminou sobremaneira o arcabouço probatório coligido na fase de Inquérito Policial”, finalizou.
Relembre o caso da operação Dracma
A segunda fase da operação Dracma, deflagrada na quarta-feira (05/07/2023) pela Polícia Civil, colocou atrás das grades a influenciadora Isabelly Aurora, 21. Além da influenciadora, o ex-marido dela, Paulo Victor Monteiro Bastos, também foi alvo da operação. Os dois são suspeitos de integrarem um grupo criminoso formado por influenciadores digitais envolvidos em um esquema fraudulento de rifas clandestinas e diversos outros crimes.
Conforme o delegado Cícero Túlio, na semana passada, na primeira fase da operação, foram presos os influenciadores Lucas da Silva Alves, 24, conhecido como “Lucas picolé”; e Enzo Felipe da Silva Oliveira, 24, o “Mano queixo”, por envolvimento no esquema criminoso, juntamente com Isabelly Aurora.
O esquema criminoso consistia na venda de rifas eletrônicas por um valor de cerca de R$0,50 centavos, e após a venda de todos os bilhetes, o sorteio era realizado, mas uma pessoa próxima aos influenciadores e pertencente ao mesmo ciclo acabava ganhando, e a premiação retornava aos influenciadores, que seguiam com a fraude.
O delegado explicou que o esquema fraudulento de rifas clandestinas, em que os influenciadores são suspeitos de envolvimento, movimentou R$ 5 milhões em dois anos. De acordo com o delegado, ainda existem outros influenciadores sendo investigados por envolvimento no mesmo crime.