Seis anos e 161 gols depois, Gabigol deu adeus ao Flamengo nesta domingo (08), no empate em 2 a 2 com o Vitória, no Maracanã. Após o duelo deste domingo (08), o atacante subiu o tom e não mediu as palavras ao apontar a diretoria presidida pelo presidente Rodolfo Landim como a grande culpada pelo adeus.
— Como eu falei, eu tenho palavra, diferente de outras pessoas que não têm palavra. Meu pai me criou, minha mãe me criou, como homem. Eu acho que a coisa mais honrosa do homem é ter palavra. Não tiveram palavra comigo, mas a minha palavra é mantida, eu não vou ficar. O que importa mesmo é o que as ruas falam, eu tenho certeza que quando eu andar na rua, daqui a 10, 15 anos, ou daqui a 15 minutos, eu vou ser idolatrado, eu vou ser amado — disse Gabigol, ao ser questionado sobre chance de renovação.
— Desde quando eu cheguei eu falei isso, o que me importa é a torcida, o que me importa são eles, e eu sempre joguei por eles, e sempre tentei mostrar que eu queria ser um deles dentro de campo, foi uma paixão. A primeira vez que eu pisei no Maracanã, eu senti algo que eu acho que nunca mais. Mas eu vou sentir na minha vida. Então, como eu falei, o que importa é a torcida, o que importa é o carinho que eles têm por mim, e eu sou homem, e eu em homem tem palavra — acrescentou.
FALTA DE PALAVRA
Na versão de Gabigol, a diretoria não cumpriu a palavra. Depois de longa negociação, o jogador acertou com o departamento de futebol a renovação por mais cinco anos. O atacante costuma dizer, ainda, que chegou a receber os parabéns pela conclusão positiva do negócio. Contudo, o presidente Landim recuou e disse que só toparia a ampliação por mais uma temporada, irritando o estafe do ídolo.
Com isso, Gabigol, que tem contrato com o Flamengo até dezembro deste ano, vai seguir o rumo em outro clube. O Cruzeiro é o grande favorito para ficar com o atleta, mas a não classificação dos mineiros para Libertadores pode interferir na situação. Além disso, Santos e clubes do exterior observam Gabriel.
Coluna do Flamengo***