O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da 77ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público (Prodeppp), deflagrou nesta quinta-feira (16/10) a Operação Metástase, que apura um esquema de fraudes e desvio de recursos públicos na saúde estadual.
A operação cumpre 101 mandados judiciais, incluindo:
- 3 prisões preventivas;
- 27 mandados de busca e apreensão;
- 7 afastamentos de função pública;
- 17 bloqueios de bens totalizando R$ 1,01 milhão;
- 25 quebras de sigilo telefônico.
As ações ocorreram em Manaus e Joinville (SC), com o apoio do Gaeco-AM, Polícia Civil, CGU e do MP de Santa Catarina (MPSC). O nome da operação faz alusão ao modo como o esquema criminoso se espalhava por diversas unidades de saúde, como a FCecon e as maternidades Balbina Mestrinho e Dona Nazira Daou.
Segundo o MPAM, os investigados são suspeitos de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, entre outros crimes.
“A intenção é estancar os desvios de recursos públicos e processar os responsáveis”, afirmou o promotor Edinaldo Aquino Medeiros.
A primeira fase da investigação, em 2024, chamada “Jogo Marcado”, já havia apontado fraudes em licitações na UPA José Rodrigues, em Manaus. Além disso, o desdobramento apontou para o envolvimento de um grupo familiar com empresas de fachada.
A Operação Metástase busca interromper o avanço da corrupção no sistema público de saúde e responsabilizar os envolvidos, garantindo a reparação dos danos aos cofres públicos.