O motorista de aplicativo Jucifran Duarte viveu um momento de desespero nesta terça-feira (30), em Manaus. Ele foi chamado para uma corrida comum, mas a situação fugiu totalmente do controle: a passageira, que estava passando mal, não resistiu e morreu dentro do carro enquanto era levada ao hospital.
Segundo Jucifran, a mulher estava acompanhada de um familiar e pediu a corrida porque precisava de atendimento médico com urgência. Durante o caminho, o estado dela piorou rapidamente. Ele tentou ajudar como pôde, acelerando para chegar o mais rápido possível ao hospital. Mas não deu tempo.
“Uma senhora faleceu dentro do meu carro… Fiz de tudo, corri o que pude, mas quando cheguei no hospital, ela já estava sem vida”, contou o motorista em um vídeo publicado nas redes sociais.
Jucifran compartilhou o momento de angústia e falou sobre o impacto emocional da situação.
“Agora vai ficar isso na minha cabeça… a filha estava desesperada, o filho esperando no hospital. Eu sou muito fraco pra isso.”
Empatia ainda existe
O que chama a atenção nessa história é a atitude do motorista. Em vez de fugir ou se preocupar apenas com possíveis problemas, ele ficou até o fim, prestou socorro, ajudou como pôde. E isso importa — principalmente num cenário em que tantas relações humanas estão ficando mais frias.
Hoje em dia, não é raro ver discussões entre motoristas e passageiros por conta de sujeiras no carro, principalmente quando envolve questões de saúde. Casos de grávidas prestes a dar à luz, passageiros que vomitam ou passam mal e até situações mais extremas, como pessoas que desmaiam, são cada vez mais comuns. Em muitas dessas situações, o que se vê é frieza, cobrança e conflitos — e não cuidado.
É por isso que casos como o de Jucifran nos lembram de algo simples, mas essencial: do outro lado do banco, do celular, do volante, sempre há um ser humano. Alguém com dores, histórias, limites.