Uma cena curiosa deixou todos encantados com as ariranhas no modo “Dancinha”. Uma equipe do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, liderada pela bióloga Karen Carolina da Silva, registrou um comportamento peculiar de ariranhas (Pteronura brasiliensis) na Reserva Amanã, região isolada entre Manaus e a Colômbia.
As armadilhas fotográficas capturaram os animais usando as patas para espalhar urina e fezes em “latrinas”, prática que funciona como sinal de alerta para grupos rivais. Além disso, esse costume funciona da seguinte forma:
- Marcação territorial: as ariranhas espalham excrementos em áreas estratégicas para demarcar domínio, mas com as patas lembrando uma “dancinha”.
- Defesa contra invasores: o odor forte inibe a aproximação de outros grupos.
- Comunicação química: substâncias nas fezes transmitem informações sobre saúde e status social.
Veja vídeo:
Ariranhas da Amazônia
O estudo sobre as ariranhas avalia a conservação da espécie na Amazônia, mapeia sua distribuição e analisa interações entre famílias.
As ariranhas são indicadores ecológicos, sua presença reflete a saúde dos rios amazônicos. Atualmente, a Reserva Amanã, área prioritária para conservação, abriga uma das maiores populações da espécie, ameaçada por pesca ilegal e desmatamento. Não é permitido pescar ariranhas, pois são animais silvestres protegidos.
Reserva Amanã
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, criado em abril de 1999, é uma Organização Social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, e que possui 21 anos de atuação. Desde o início, desenvolve atividades por meio de programas de pesquisa, manejo de recursos naturais e desenvolvimento social, principalmente na região do Médio Solimões, no Amazonas.