A cura da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) pode estar mais perto do que imaginamos! A Universidade Federal de São Paulo (Unufesp) realizou o primeiro estudo, em escala global, para testar um supertratamento em indivíduos cronicamente infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A pesquisa está sendo coordenada pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz, que é uma das referências mundiais no assunto.
Tratamento
Os integrantes do subgrupo que apresentaram melhores resultados receberam mais dois antirretrovirais: o dolutegravir, a droga mais forte atualmente disponível no mercado; e o maraviroc, substância que força o vírus, antes escondido, a aparecer.
Outras duas substâncias também foram incluídas, que potencializam o efeito dos medicamentos: a nicotinamida – uma das duas formas da vitamina B3, que mostrou ser capaz de impedir que o HIV se escondesse nas células; e a auranofina – um antirreumático, também conhecido como sal de ouro, que deixou de ser utilizado há muitos anos para tratar a artrite e outras doenças reumatológicas. A auranofina revelou potencial para encontrar a célula infectada e levá-la ao suicídio.