A declaração do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, durante a inauguração do Centro de Cooperação Policial Integrada da Amazônia (CCPI), provocou repercussão imediata e acalorada entre os deputados estaduais.
Primeiramente, Petro afirmou que a legalização da cocaína poderia evitar a destruição da selva amazônica, uma fala que gerou críticas severas e debate inflamado na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) no dia seguinte ao evento.
Deputados como Débora Menezes classificaram a declaração como inaceitável, destacando o impacto negativo para a imagem da região. A princípio, ela declarou Petro como esquerdista e chamou o evento de ‘teatro’ com a promessa de combater o tráfico de drogas. Além disso, ela falou sobre o recente decreto do governo federal que inclui hidrovias dos rios Madeira, Tocantins e Tapajós no Programa Nacional de Desestatização. “Como ficarão ribeirinhos? Não deixaremos Lula entregar o coração da Amazônia!”
Comandante Dan criticou a presença do presidente colombiano no contexto da segurança e ironizou a postura de Lula. Delegado Péricles, junto a Rozenha e João Luiz, alertaram para os riscos da banalização do debate sobre drogas, enfatizando a necessidade de proteger a juventude e a segurança pública.
O evento
Apesar da polêmica, o evento marcou a inauguração oficial do CCPI Amazônia. A unidade integra esforços entre os nove países amazônicos e os nove estados brasileiros da Amazônia Legal.
O centro tem como foco o combate a crimes ambientais, tráfico de drogas, armas e pessoas. Além disso, ele conta com a colaboração de organismos internacionais como Interpol e Europol. Assim, há o fortalecimento na troca de informações e estratégias contra o crime organizado.
A cerimônia contou com a presença de autoridades nacionais e internacionais, incluindo o presidente colombiano Gustavo Petro e a vice-presidente do Equador, Maria José Pinto.