O deputado federal Amom Mandel (Cidadania/AM), que é pré-candidato à Prefeitura de Manaus, sofreu um revés significativo em sua estratégia política após a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas (PF/AM) desmentir uma denúncia que ele afirma ter protocolado contra a cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) em dezembro do ano passado. A informação foi confirmada através do Ofício 611/2024, emitido pela própria superintendência.
Amom havia afirmado em janeiro deste ano que estava sendo coagido pela cúpula da SSP-AM. Segundo o parlamentar, essa coação teria sido uma retaliação após ele ter supostamente entregue um dossiê à PF em dezembro de 2023. Esse documento, de acordo com o deputado, envolveria altos funcionários da SSP-AM em atividades criminosas, incluindo ligações com o tráfico de drogas e o crime organizado.
No entanto, a versão apresentada por Amom foi categoricamente negada pela PF/AM. No ofício, a superintendência foi clara ao afirmar que “não houve protocolo de nenhuma notícia de fato supostamente criminoso no Setor de Inteligência Policial desta Superintendência [do Amazonas] a partir de suposta denúncia feita pelo deputado federal Amom Mandel”. A ausência de qualquer procedimento investigatório ligado à denúncia do parlamentar, envolvendo membros da cúpula da SSP-AM, foi também confirmada no documento oficial.
A situação coloca em cheque a credibilidade de Amom Mandel, especialmente num momento crucial de sua trajetória política, em que busca se firmar como uma alternativa ao atual governo do Amazonas. As acusações feitas pelo deputado eram graves e geraram grande repercussão nas redes sociais e na mídia local, especialmente após a publicação de um vídeo em seu perfil no Facebook, no dia 6 de janeiro deste ano. No vídeo, Amom exibiu uma captura de tela de um documento que, segundo ele, comprovava o recebimento do dossiê por parte da Polícia Federal.