A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) a Operação Corona, com objetivo de combater organizações criminosas dedicadas à lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional.
Ao todo, 16 mandados de busca de busca e apreensão e 9 mandados de prisão preventiva foram expedidos pela Justiça Federal de Pernambuco, alguns foram cumpridos em Paulínia.
Além da região de Campinas, foram alvos das investigações as regiões de Santos, Ribeirão Preto, Grande São Paulo, a capital de Mato Grosso do Sul e o interior do Estado do Amazonas, pelos crimes de tráfico internacional de drogas, financiamento do narcotráfico, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar, isoladamente, a mais de 20 anos de prisão.
A investigação iniciou no dia 22 de abril de 2020 após a apreensão de cerca de 650 kg de cocaína no Aeródromo da Coroa do Avião em Igarassu, cidade localizada na Região Metropolitana de Recife.A apreensão resultou de um esforço operacional da PF com o apoio da Polícia Militar de Pernambuco. Na ocasião, piloto, copiloto e outros criminosos engajados no descarregamento da droga da aeronave foram presos em flagrante por tráfico de drogas. O plano do grupo criminoso visava ocultar a cocaína numa exportação de sucata destinada à Europa pelo Porto de Suape.
Após o flagrante, a PF aprofundou a investigação, a fim de identificar outros responsáveis pela operação ilícita, assim como descobrir o esquema criado para financiar esse plano.
Foi revelada, então, uma grande estrutura criminosa de empresas de fachada criadas com a finalidade de movimentar dinheiro para o crime organizado transnacional. As empresas estão espalhadas pelo país, mas se concentram, especialmente, no Estado de São Paulo.
Só nos primeiros quatro meses de 2020, no período em que o grupo preso na RMR arquitetava a exportação de cocaína frustrada pela PF, essas empresas movimentaram juntas mais de R$ 116 milhões.
Os crimes investigados são tráfico internacional de drogas, financiamento do narcotráfico, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar, isoladamente, a mais de 20 anos de reclusão.
A expressão Corona é um termo espanhol, que significa Coroa em português, uma referência, portanto, ao local onde foi apreendida à droga no início de 2020.