A Polícia Civil emitiu uma nota nesta quarta-feira (23) sobre o grave caso de uma indígena de 29 anos. Ela foi vítima de estupro por policiais e um guarda municipal durante nove meses. A vítima ficou presa na delegacia de Santo Antônio do Içá, no interior do Amazonas.
Em nota oficial, a corporação informa que abriu uma investigação interna. Além disso, a Polícia Militar e a Corregedoria também instauraram procedimentos para apurar o ocorrido. Confira a nota completa:
“A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Polícia do Interior (DPI), instaurou procedimento para investigar o caso na 53ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Santo Antônio do Içá. A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas também abriu procedimento. A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) instaurou Inquérito Policial Militar (IPM), que está na fase final de investigação.”
A princípio, os nomes dos suspeitos permanecem confidenciais e o caso tramita sob sigilo, para garantir a integridade das investigações e a proteção da vítima.
A denúncia ganhou destaque nacional nesta terça-feira (22), após ser divulgada pelo site UOL. O advogado da vítima revelou que os policiais prenderam a mulher em 11 de novembro de 2022, exatamente 21 dias após dar à luz. Durante mais de nove meses, ela permaneceu em uma cela mista, dividida com outros homens. Nesse período, sofreu estupros sucessivos por parte de quatro policiais e um guarda municipal.
Segundo a defesa, os abusos ocorriam todas as noites. Além disso, eram marcados por agressões e ameaças constantes. Em alguns momentos, os estupros eram coletivos, com os abusadores se revezando nas torturas e atos sexuais.
Vítima tentou contra a própria vida
Como consequência, a indígena adquiriu doenças graves e começou a sofrer de depressão. Além disso, ela tentou suicídio várias vezes. Atualmente, ela está em tratamento médico e psicológico.
Este caso reforça a importância de investigar e combater abusos policiais. A sociedade exige justiça e proteção para as vítimas, especialmente de comunidades indígenas. Assim, acompanharemos as atualizações do caso.