A polícia prendeu na noite desta segunda-feira (21) dois moradores de rua suspeitos de matar o psicólogo Manoel Guedes Brandão, 42, no Centro de Manaus. O corpo do rapaz estava ao lado da extinta penitenciária Raimundo Vidal Pessoa, localizada na Av. Lourenço Braga.
Ainda pela manhã, um dos suspeitos, identificado como Adenilson Medeiros, 18, disse que encontrou o corpo de Manoel naquela área. À polícia, o jovem relatou que vive em situação de rua e foi ao local para consumir droga e, de repente, se deparou com o corpo do rapaz.
A irmã do psicólogo, identificada como Catarina, relatou que, durante as buscas pelas redondezas, Adenilson passou em frente a sua casa. Assim, ela decidiu questionar se o jovem conhecia Manoel e lhe mostrou uma foto. Então, Adenilson confirmou que o viu e apontou o local onde a vítima estava.
Catarina também relatou que o rapaz estava embriagado e ambos estavam no aniversário de um familiar. Contudo, após aquela noite, Manoel decidiu voltar sozinho para a casa.
Além disso, a irmã ainda ligou para o rapaz, devido ao seu estado, mas ele desconversou e esta foi a última vez que tiveram comunicação. Ademais, a família acredita que o rapaz foi vítima de homofobia.
Por fim, Adenilson se defendeu das acusações e acusou outro homem, também preso, identificado somente pelo vulgo ‘Loiro’. Ele relatou à polícia que só o conhece de rua, pois ambos vivem na mesma situação.
“Ele próprio falou que o Seu Manoel o apaupou. Eu nao sei se aconteceram outras coisas ou não. Ele quer tirar o dele de reta para incriminar quem não tem nada a ver. Eu vou ficar sujo com a sociedade, sendo que eu não tenho pensamento nenhum desse tipo, pois sei como é perder parente”, esclareceu.
Quem era Manoel Brandão
Manoel tinha graduação em Psicologia e lecionava em universidade local. Além disso, ele cursava Farmácia e tinha atuação na área da saúde como estagiário. Manoel também o criador da página Nação Amazonas, no Instagram, com cerca de 193 mil seguidores. A página valorizava cultura, história, turismo e gastronomia do Amazonas.
Neto, como também o conheciam, era palmeirense fanático, querido por vizinhos, amigos e familiares. A família relatou que, quando haviam jogos do clube paulista, Neto costumava pagar uma rodada de cerveja sempre que seu time ganhava.
Por fim, a Polícia Civil segue investigando o caso e, em breve, dará mais detalhes.