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17 de junho de 2025
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Polícia prende padrasto, tio e condutor de lancha escolar após criança denunciar abuso sexual em carta

Descubra como a Polícia Civil do Amazonas desmantelou uma rede de abuso infantil na zona rural de Urucará

FOTO: DIVULGAÇÃO/PC-AM

A Polícia Civil, por meio da 45ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Urucará, interior do Amazonas, realizou a Operação Inocência nessa segunda-feira, 16. A ação resultou na prisão preventiva de três homens, com idades de 54, 37 e 36 anos, acusados de estupro de vulnerável contra uma criança de 10 anos. As prisões aconteceram na residência dos suspeitos, localizada em uma comunidade da zona rural do município.

De acordo com o delegado Mateus Imperatriz Moreira, responsável pela investigação, tudo teve início após uma denúncia do Conselho Tutelar. A denúncia revelou que a vítima, uma menina de 10 anos, escreveu uma carta durante uma palestra escolar sobre prevenção ao abuso sexual infantil. Nela, ela relatava que era vítima de abusos sexuais. Com esse relato, a polícia instaurou um Inquérito Policial (IP) para apurar os fatos.

Confirmação dos abusos e identificação dos suspeitos

A princípio, as investigações apontaram que a criança vinha sendo abusada desde os 6 anos de idade. O padrasto, de 36 anos, foi o primeiro a cometer os abusos. A confirmação veio através de exame de conjunção carnal realizado após a vítima passar por escuta especializada.

Além dele, o tio da vítima, de 37 anos, praticava abusos na própria residência, principalmente quando ficava a sós com ela. Por fim, a polícia também conseguiu identificar o condutor da lancha escolar, de 54 anos. Na ocasião, o homem abusou da criança depois de deixar passageiros na comunidade após uma festa.

Prisões e mandados de prisão concedidos

Após a identificação dos suspeitos, a polícia solicitou à Justiça os mandados de prisão, que foram rapidamente concedidos e cumpridos na mesma residência onde os suspeitos vivem. Segundo o delegado, os envolvidos agiram em momentos distintos, sem conhecimento das ações uns dos outros, e a vítima tinha receio de denunciar os abusos por medo e ameaças feitas pelos próprios agressores.

Depoimentos e apoio à vítima

Além disso, a criança relatou que seus familiares não desconfiavam do que acontecia e que ela tinha medo de compartilhar a situação. Em um trecho da carta, ela escreveu: “Eu não me sinto bem por causa disso, já passei mal, falei coisa com coisa e até desmaiei. Não sentia vontade de comer, até que resolvi contar meu peso com alguém.” Após receber atendimento médico e psicológico, a vítima foi encaminhada para a casa de uma tia, que oferece suporte contínuo para seu bem-estar emocional e físico.

Procedimentos legais e medidas judiciais

Os três homens responderão por estupro de vulnerável. Eles passarão por audiência de custódia e permanecem à disposição da Justiça, aguardando as próximas etapas do processo legal.

 

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