A LG anunciou na última terça-feira (6) que a empresa fará a transferência da produção de notebooks, monitores e all in one para sua unidade no Polo Industrial de Manaus. Em nota, a companhia coreana afirmou que com a mudança, pretende fortalecer a competitividade comercial nesses produtos.
A linha de notebooks e monitores será transferida para Manaus (AM), onde a empresa já produz outros produtos, como televisores. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Cláudio Batista, representantes da empresa disseram que incentivos fiscais para a atividade industrial tornavam mais vantajoso transferir a produção para o Amazonas.
A empresa encerrou suas atividades da sua divisão de celulares no mundo e anunciou na terça-feira (6) e informou sobre a mudança das suas linhas de produção de sua fábrica em Taubaté, no interior de São Paulo, para a capital amazonense.
Na cidade paulista fica apenas a operação de call center da empresa. O sindicato dos metalúrgicos de São Paulo estima a demissão de 700 dos atuais mil funcionários da LG no município. A planta na cidade tinha ainda 400 empregados na linha de smartphones, também encerrada.
“A empresa fará a transferência da produção de notebooks, monitores e all in one para sua unidade de Manaus, de modo que fortaleceremos nossa competitividade comercial em TV, PCs e monitores”, disse a LG em nota.
Em tempos melhores, a LG trouxe uma série de inovações em telefones celulares, incluindo câmeras ultra grande angular. Em seu pico, em 2013, a empresa foi a terceira maior fabricante de smartphones do mundo, atrás apenas de Samsung e Apple.
Com o fim da sua unidade de celulares, a LG se tornou a primeira grande empresa que produz celulares a se retirar do disputado mercado de smartphones.
Mundialmente, o segmento é hoje liderado por Apple e Samsung, que detinham respectivamente 23,4% e 17% das vendas globais no terceiro trimestre de 2020, segundo a consultoria IDC. Em seguida, aparecem as chinesas Xiaomi (11,6%) e Huawei (8,6%).
A LG aparece no ranking de 2020 na nona posição entre as fabricantes em número de vendas, com uma fatia de mercado de apenas 2%.
No Brasil, no entanto, também segundo dados da IDC, a empresa estava entre as três maiores, com 12% do mercado nacional, competindo com Samsung, Motorola e Apple. Em 2020, a empresa chegou a ganhar dois pontos percentuais em participação no mercado nacional.