O prefeito da cidade paraibana de Nova Palmeira, Ailton Gomes Medeiros, foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (25), por causa de uma denúncia que o acusa de ter falsificado um histórico escolar dos ensinos fundamental e médio para disputar a eleição de 2020, que o reelegeu ao cargo de prefeito. Ailton nega a acusação.
Atualmente, a legislação eleitoral exige apenas a comprovação de alfabetização para concorrer a cargos políticos, sem necessariamente ser solicitada a conclusão do ensino fundamental ou médio. Ailton foi eleito pela primeira vez para prefeito de Nova Palmeira em 2016, e foi reeleito em 2020. Antes disso, ele foi vereador em quatro ocasiões: 2000, 2004, 2008 e 2012.
Pelas redes sociais, ele comentou a operação da Polícia Federal e falou em “mal-entendido”. O gestor municipal disse também que a operação é decorrente de uma denúncia de 2020 de seus adversários, que, segundo ele, “não conseguem mais chegar à prefeitura”.
– Estão querendo derrubar a imagem do prefeito, mas Deus é mais forte, o prefeito é mais forte e está do lado do povo – declarou.
A defesa do político, por sua vez, negou qualquer indício de falsidade nos documentos apresentados durante as eleições de 2020 e ressaltou que nenhum documento foi apreendido durante a operação da Polícia Federal. Os advogados destacaram ainda que em 2020 a mesma denúncia já havia sido arquivada pelo Ministério Público Eleitoral.
– A defesa informa que não há qualquer indício de falsidade em nenhum documento apresentado por ocasião das eleições de 2020, reiterando que o prefeito está em seu segundo mandato e foi vereador por outros quatro mandatos, todos com documentos ratificados pela Justiça Eleitoral – ressaltou.