Após o evento Piranhas para Jesus causar alvoroço e polêmica nas redes sociais, o prefeito do município de Piranhas, no sertão alagoano, se pronunciou. De acordo com ele, Tiago Freitas (MDB-AL), o nome da celebração não é “nada demais” e não se trata de uma jogada de marketing.
O evento, marcado para o dia 30 de novembro, será em comemoração ao Dia do Evangélico e terá a participação da cantora gospel Gabriela Rocha e a banda Ministério Presença e Glória. Segundo o prefeito, trata-se de uma iniciativa da prefeitura com as igrejas locais, e “desde a seleção de quais bandas iriam fazer parte da festividade, até o nome do evento” foram votados democraticamente.
Por meio de uma transmissão ao vivo, Tiago Freitas procurou esclarecer que a palavra “piranhas” para os cidadãos do município não possui conotação pejorativa.
– Então, esse nome [do evento] que, talvez, possa soar estranho, incomum para o pessoal que está no eixo Sul-Sudeste, para a gente não é nada demais. Piranha é um peixe que, para a gente, nada mais é do que um peixe. Para nós, piranhenses e alagoanos, é um município que é o 3º destino turístico do estado – disse.
– Para nós, alagoanos, nordestinos, esse termo de “piranha” para se utilizar para uma mulher fácil ou algo do tipo, que seja demérito para qualificar uma pessoa, para a gente não tem esse mesmo significado. Inclusive, quando começou a pipocar essas questões na internet, eu olhei e não entendi. Porque, de fato, para a gente, em momento nenhum, faz sentido esse termo Piranhas para Jesus ser algo negativo – continuou.
Por fim, o político apontou um saldo “positivo” com a repercussão: a visibilidade do evento.
– Independentemente do nome, podem tirar onda, chacota. Para falar a verdade, essa chacota que foi tirada serviu para uma coisa: tornar mais conhecida ainda a festividade Piranhas para Jesus. Foi uma mídia espontânea. E que eu acredito que isso foi positivo. Serviu para que a gente pudesse levar o que é Piranhas para todo o Brasil, tornar conhecido a nossa lapinha do Sertão – assinalou.