A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), contabilizou a redução no número de mortes de trânsito na cidade em 2023. Foram registradas 252 fatalidades, em comparação com 260 em 2022, marcando uma diminuição de 3,1%. Com a diminuição no número de acidentes fatais, o órgão está elaborando um planejamento direcionado para o modal de duas rodas, principal vítima no trânsito.
“Embora tenhamos observado uma queda geral nas fatalidades, o aumento de 15% nas mortes de motociclistas em 2023 nos direciona a focarmos neste modal. Nós estamos reforçando as ações de fiscalização para que os usuários do modal de duas rodas possam transitar com segurança. Temos feito ações e orientação com palestras, blitz e monitoramento”, disse Edson Leda, vice-presidente de trânsito do IMMU.
No ano passado, houve um aumento de 15,5% nas fatalidades envolvendo motociclistas, com 119 motociclistas perdendo suas vidas em 2023, em comparação com 103 em 2022. Este número só mostra o quanto a prefeitura está disposta a assegurar cada vez mais a fiscalização e trabalhar a prevenção de acidentes nesse modal.
Em resposta aos dados, o IMMU intensificou suas ações de fiscalização. Houve um aumento de 33,5% no número de infrações registradas envolvendo motociclistas. Enquanto que em 2022, mais de 62 mil motociclistas foram autuados por infrações de trânsito, em 2023, esse número subiu para 83.150 autuações.
Estas estatísticas são um reflexo dos esforços contínuos do IMMU para melhorar a segurança no trânsito. A instituição está empenhada em reduzir ainda mais os índices de acidentes fatais, com foco especial nos motociclistas. As iniciativas incluem campanhas educativas, aprimoramento da sinalização e infraestrutura viária, e uma fiscalização mais rigorosa.
O IMMU reforça que muitas dessas mortes poderiam ser evitadas se houvesse uma maior conscientização e responsabilidade por parte desses condutores. O desrespeito às normas de trânsito, como excesso de velocidade, manobras perigosas e a não utilização de equipamentos de segurança adequados, aumenta drasticamente o risco de acidentes fatais.
“Além das infrações específicas citadas, é importante frisar que fatores como imperícia, imprudência e negligência desempenham um papel significativo nas mortes no trânsito. Esses fatores, combinados com as infrações mencionadas, como condução sem capacete e avanço de sinal vermelho, criam um cenário propício para o aumento de acidentes fatais, ressaltando a necessidade de uma condução mais responsável e consciente por parte de todos os usuários das vias”, finalizou Leda.
No ano passado, as cinco infrações mais cometidas por motoqueiros, refletem o descaso com trânsito mais seguro por parte desses infratores.
1º Condução sem capacete: 18.688 autuações por conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor sem capacete de segurança.
2º Passageiro sem capacete: 18.097 infrações por transportar passageiro em motocicleta sem capacete.
3º Operação de retorno irregular: 5.355 casos de execução de operação de retorno passando por cima do canteiro central.
4º Avanço de sinal vermelho: 3.577 autuações por avançar o sinal vermelho do semáforo.
5º Contramão em via de sentido único: 3.284 infrações por transitar na contramão de direção em vias de sentido único.