Três pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (28), em Manaus, durante a operação “Dark Storage” – que investiga o compartilhamento e posse de fotografias e vídeos de pornografia infantil na internet. Segundo a Polícia Federal no Amazonas, os suspeitos compartilhavam as imagens de menores por meio de um fenômeno de criminalidade transnacional. “São imagens de pornografia transmitidas para vários países”, disse a polícia.
O delegado regional de Investigação da Polícia Federal no Amazonas, Max Ribeiro, explicou que o objetivo da operação inaugura a fase ostensiva de investigações criminais. “Tem, por objetivo, nessa etapa da investigação, realizar buscas em endereços para esclarecimentos dos fatos afim de elucidar sobre a possível pratica de crimes de disseminação de pornografia infantil na rede mundial de computadores”, disse.
Segundo ele, ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em cinco endereços na capital. Foram apreendidos vídeos e fotos que constatam o envolvimento dos alvos em crime de pornografia.
O delegado Felipe Lavareda explicou que a operação surgiu após a junção de várias investigações, principalmente, a partir de relatórios recebidos de órgãos internacionais, por meio do órgão central da Polícia Federal, que foram distribuídos pelo país conforme a região de onde foi detectado o compartilhamento do arquivo de pornografia infantil.
O delegado contou que, dois dos alvos desta operação, são decorrentes de uma operação antiga onde se encontrou, membros que residem em Manaus.
“Os relatórios indicam que houve um compartilhamento dos arquivos proibidos. Existem banco de dados com esses arquivos e quando eles [suspeitos] navegam pela internet, as empresas de microsoft, sabem e tem a obrigação, no caso EUA, de informar a Justiça deles e, em seguida, justiça deles repassam para a PF”, contou.
A investigação realizada pela PF relatam sobre o fenômeno da criminalidade transnacional, segundo o delegado Max Ribeiro.
“São imagens de pornografia infantil transmitidas via internet para vários países. As imagens transitam em vários países e as pessoas praticam os crimes, dessa forma, confiantes de que praticando atrás de um computador, de ferramenta, com intuito de dificultar o trabalho da polícia, ficariam isentas a sua responsabilização criminal”, afirmou.
Ribeiro ressaltou que as investigações dessa operação foram derivadas de uma cooperação da polícia internacional. Ele disse que é apenas uma etapa da ação, afim de afastar ou confirmar as hipóteses criminais traçadas inicialmente: “de que essas pessoas teriam envolvimento na transmissão de imagens de pornografia infantil por meio da rede mundial de computadores”.
Conforme a polícia, as pessoas presas não têm ligação, elas agiam individualmente. Com as apreensões dos materiais, a PF deve investigar se possuem envolvimento em algum tipo de rede de pedofilia.