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8 de julho de 2025
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Professor de capoeira agride criança com autismo no Rio de Janeiro

A mãe só teve acesso às imagens da aula de capoeira em março deste ano, seis meses após a agressão,

FOTO/REPRODUÇÃO

Uma criança de 11 anos, diagnosticada com transtorno do espectro autista, foi agredida por seu professor de capoeira. O incidente, que ocorreu durante uma aula no Centro Educacional Meirelles Macedo, em Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro, ganhou notoriedade após a denúncia de sua mãe, Joyce Siqueira, em setembro do ano passado.

Joyce relata que seu filho, Guilherme, enfrentou dificuldades em um exercício. Em resposta a isso, o professor, Vitor Barbosa, sugeriu que ele usasse uma bola para treinar. Contudo, quando Guilherme solicitou a bola a duas colegas, elas se recusaram a lhe ajudar. Irritado, ele acabou chutando a bola. Nesse momento, uma aluna o agrediu com um tapa na cabeça, o que, por sua vez, desencadeou uma confusão. Em resposta à situação, o professor deu uma rasteira em Guilherme, derrubando-o e segurando-o pelo pescoço, ameaçando-o.

Além disso, a escola decidiu suspender Guilherme por dois dias, alegando que ele desrespeitou o professor e agrediu os colegas. Entretanto, Joyce só conseguiu agendar uma reunião na escola cinco dias após o incidente.

“Eu fui lá para entender o que aconteceu, mas saí sem respostas. Ninguém disse que ele não foi agredido. Eu só queria ouvir isso. Se ele sofreu agressão, gostaria que tivessem tomado medidas”, afirma Joyce, expressando sua frustração.

Ademais, a mãe só teve acesso às imagens da aula de capoeira em março deste ano, seis meses após a agressão, durante uma audiência.

“Olhei para o professor e disse: ‘Eu vi o que você fez com meu filho’. Senti meu braço formigar e meu rosto tremer. Fui parar no hospital”, conta Joyce, revelando o impacto emocional que a situação causou.

Por outro lado, a defesa do professor Vitor Barbosa argumenta que sua intervenção foi uma técnica de imobilização destinada a evitar novas agressões e que a situação teve controle rapidamente.

Nota

Em resposta a esse caso, o Centro Educacional Meireles Macedo divulgou uma nota informando que tomou todas as providências necessárias e que o professor não está mais vinculado à instituição.

Após o incidente, Joyce matriculou Guilherme em outra escola; no entanto, ele não se adaptou e agora recebe aulas em casa.

“Ele começou a ter muitos episódios de desregulação. Bateu a cabeça na parede, algo que nunca aconteceu antes. Fiquei muito mal com isso”, desabafa Joyce, evidenciando a preocupação com o bem-estar do filho.

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