Nesse domingo (22), manifestações ocorreram em diversas cidades ao redor do mundo. Os protestos tiveram como foco a condenação dos ataques dos Estados Unidos às usinas nucleares iranianas, realizados no último sábado (21). Em Nova York e Los Angeles, milhares de pessoas se reuniram com cartazes e gritos contra a intervenção militar.
Em entrevista à agência Reuters, Natália Marquez, de 27 anos, organizadora da mobilização em Nova York, afirmou que o ataque teve como objetivo encobrir interesses econômicos.
“Trata-se de uma guerra que pode causar milhões de mortes, como vimos no Iraque. É uma agressão liderada por duas potências nucleares — EUA e Israel — que, ironicamente, acusam o Irã de ser o agressor. No entanto, os Estados Unidos são o único país que já usou armas nucleares em guerra”, declarou Natália.
Manifestações se espalham por diversos países
Além dos Estados Unidos, atos contra o bombardeio aconteceram em Teerã, capital do Irã, bem como em cidades da Grécia, Iraque e Paquistão. As ruas foram tomadas por cidadãos exigindo o fim da escalada militar e o respeito à soberania iraniana.
Paris vive clima de tensão com protestos opostos
Na capital francesa, duas manifestações chamaram a atenção. De um lado, grupos pró-Irã exigiram um cessar-fogo imediato no Oriente Médio, incluindo a Faixa de Gaza. Do outro, apoiadores de Israel participaram de um festival de música nas proximidades da Torre Eiffel — evento programado antes do ataque americano.
O organizador do festival, Richard Seban, também falou à Reuters: “Precisamos buscar a paz com o povo iraniano, sim. Mas não com Khamenei e sua comitiva”, afirmou.