O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) encaminhou um ofício com os nomes dos deputados que irão fazer frente à bancada bolsonarista na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro. Os titulares são Rubens Pereira Jr. (PT-MA), Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
O documento foi enviado na quinta-feira (10) ao presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e apresentou os seguintes deputados como suplente: Arlindo Chinaglia (PT-SP), Carlos Veras (PT-PE) e Delegada Adriana Accorsi (PT-GO).
Já as indicações confirmadas do PL para integrar a CPMI são Eduardo Bolsonaro (PL-SP), André Fernandes (PL-CE) e Delegado Ramagem (PL-RJ). Os suplentes são Nikolas Ferreira (PL-MG), Marco Feliciano (PL-SP) e Filipe Barros (PL-PR). Eduardo Bolsonaro é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Ramagem foi chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo passado e André Fernandes foi um apoiador dos atos do dia 8 e quem originalmente colheu assinaturas para creia a CPMI.
Após a desistência oficial de André Fufuca (PP-MA), a presidência da Comissão Mista ainda tem como o nome mais cotado o deputado Arthur Maia (União-BA) e Kim Kataguiri (União-SP) como suplente. A relatoria também segue indefinida, mas o nome que chegou a ser sondado foi o do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que demonstrou resistência ao posto.
Senado
Os senadores Damares Alves (Republicanos-DF) e Esperidião Amin (PP-SC) foram indicados por parte do bloco Aliança. Mais quatro nomes da oposição foram anunciados pelo bloco Vanguarda como titulares: Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES). Os suplentes indicados são Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jorge Seif (PL-SC).
Damares Alves é ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (2019-2022), cargo que exerceu durante o mandato de Jair Bolsonaro. Ambos do PL, Flávio Bolsonaro é filho do ex-presidente e Magno Malta, um aliado antigo de Bolsonaro. Esperidião Amin demonstrou apoio ao ex-presidente nas eleições do ano passado. Girão é defensor e apoiador do último do governo.
O União Brasil tem como principais nomes cotados para compor a CPMI: Soraya Thronicke (União-MS) e Davi Alcolumbre (União-AP). Os suplentes são Sergio Moro (União-PR) e Professora Dorinha Seabra (União-TO). No entanto, o partido compõem um bloco com 29 senadores do MDB, PODEMOS, União, PDT e PSDB que devem se mover para indicar outros senadores.
As indicações ainda precisam ser referendadas pela Mesa Diretora do Senado. No dia 3 de maio, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse ter confiança que o governo teria até 12 aliados no Senado como membros da CPMI. A CPMI dos Atos Golpistas tem como objetivo encontrar os financiadores da tentativa de golpe realizada na Praça dos Três Poderes e apontar os principais articuladores das ações que destruíram patrimônio público.
Confirma uma lista com os nomes confirmados até o momento para integrarem as 32 cadeiras da Comissão Mista dos Atos Golpistas:
Câmara
PL: Eduardo Bolsonaro (PL-SP), André Fernandes (PL-CE) e Delegado Ramagem (PL-RJ)
PT-PCdoB-PV: Rubens Pereira Jr. (PT-MA), Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
PSOL-Rede, União Brasil, PP, PSDB-Cidadania, PDT, MDB, PSD, Republicanos, PSB, Avante, Solidariedade, Patriota, Podemos e Novo ainda não indicaram nomes.
Senado
Republicanos: Damares Alves (Republicanos-DF)
PL: Magno Malta (PL-ES)
PP: Esperidião Amin (PP-SC)
PDT, Rede e Novo: Eduardo Girão (NOVO-CE)
MDB, União Brasil, Podemos, PSDB, PSD, PT, PSB ainda não indicaram os nomes.
Congresso em Foco***