Sean “Diddy” Combs, empresário da música e rapper, viu sua carreira despencar após uma série de acusações de tráfico sexual e processos por agressão. As investigações resultaram na prisão do artista, na noite desta segunda-feira (16), em em Manhattan.
O promotor do Distrito Sul de Nova York, Damian Williams, disse em um comunicado que a prisão foi causada por uma acusação formal apresentada confidencialmente por seu escritório.
“Esperamos revelar a acusação formal pela manhã e diremos mais sobre isso neste momento”, afirmou, sem detalhar as acusações.
Em uma declaração à agência de notícias AFP, o advogado Marc Agnifilo disse que Combs se mudou “voluntariamente” para Nova York em antecipação às acusações, cujos detalhes ainda não foram esclarecidos. O jornal New York Times relatou que a prisão ocorreu após uma acusação por um grande júri.
O advogado de Combs expressou decepção com a decisão de prosseguir com o que ele descreve como uma “acusação injusta” por parte da Procuradoria dos Estados Unidos.
Combs, que produziu estrelas como Usher e Mariah Carey, é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um “predador sexual violento”, acusado de usar álcool e drogas para submeter as vítimas aos abusos. Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais neste ano.
A operação em março sinalizou que uma investigação federal e um possível caso criminal estavam em andamento contra Combs. Na ação, agentes armados entraram em suas luxuosas propriedades em Miami e Los Angeles.
Processos
O artista, conhecido por diversos apelidos como Puff Daddy e P. Diddy, foi amplamente creditado como uma figura-chave na ascensão do hip hop das ruas até os clubes de luxo. Ao longo das décadas, acumulou uma vasta fortuna, especialmente com empreendimentos na indústria de bebidas alcoólicas.
Apesar dos esforços para cultivar uma imagem de empresário bem-sucedido, uma série de processos descreve Combs como um homem violento que usaria da fama para explorar mulheres. O artista nega veementemente todas as acusações.
Embora não tenha grandes condenações, há muito tempo ele é alvo de alegações de agressão física, que remontam desde a década de 1990.
No final do ano passado, as acusações aumentaram após a cantora Cassie, cujo nome verdadeiro é Casandra Ventura, alegar que Combs a submeteu a mais de uma década de coerção por meio de força física e drogas, além de um estupro em 2018.
Os dois se conheceram quando Ventura tinha 19 anos e ele, 37. Em seguida, ele a contratou para sua gravadora e eles começaram um relacionamento romântico.
O processo foi rapidamente resolvido fora dos tribunais, mas uma série de alegações de agressão sexual semelhantes surgiram — incluindo uma em dezembro de uma mulher que afirmou que Combs e outros a estupraram em grupo quando ela tinha 17 anos.
Nascido Sean John Combs em 4 de novembro de 1969 no Harlem, o artista ingressou na indústria em 1990 no renomado selo Uptown Records, onde se tornou gerente de talentos.
Vencedor três vezes do Grammy, Combs assinou e produziu artistas como Usher, Lil’ Kim, TLC, Mariah Carey e Boyz II Men. Ele também foi figura midiática em reality shows, moda e romances como o que teve com a atriz e cantora Jennifer Lopez.
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