Uma perícia detalhada feita nos restos mortais encontrados pela força-tarefa que procurava por Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips deve determinar como o indigenista e o britânico foram assassinados.
Segundo a Polícia Federal, Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, contou em depoimento que as vítimas foram mortas a tiros e que em seguida foram esquartejadas e queimadas. Porém, a versão será confrontada com o resultado dos exames necropsiais.
Os corpos do indigenista e do jornalista foram encontrados nesta quarta-feira (15), dez dias após o desaparecimento. Eles estavam enterrados nas proximidades do rio Itaquaí, onde eles foram vistos pela última vez.
Foi o próprio Pelado quem levou os agentes ao local e indicou onde estavam as vítimas. Ele sustenta, porém, que não foi o autor dos disparos e que um terceiro homem já entregou Dom e Bruno mortos para que ele ocultasse os corpos.
Para se livrar dos desaparecidos, ele contou com a ajuda do irmão, Oseney da Costa de Oliveira, que também está preso.
Antes da prisão, Oseney chegou a conceder entrevistas dizendo que Pelado era inocente e que estava em casa quando Bruno e Dom partiram da comunidade São Rafael rumo a Atalaia do Norte. O terceiro homem envolvido na barbárie ainda está sendo investigado pela polícia.