Ronaldinho Gaúcho e Assis completaram, na sexta-feira (7), cinco meses presos no Paraguai, por uso de documentos falsos, mas estão perto de obterem liberdade, já que o Ministério Público local solicitou um processo abreviado e a suspensão condicional da condenação contra os brasileiros.
De acordo com a Promotoria, pode ser aplicada a suspensão provisória do processo, porque os dois ex-jogadores estão sujeitos a uma pena mínima de dois anos, o que permite que permite que um réu seja julgado em liberdade.
O campeão mundial de 2002 e o irmão, que é seu empresário, estavam em prisão preventiva em uma das sedes do departamento de polícia, em Assunção, mas desde 7 de abril passaram a ficar reclusos em um hotel da capital paraguaia.
O Ministério Público ainda solicitou que Ronaldinho e Assis paguem uma multa a título de “reparação social” de 90 mil dólares (R$ 488 mil) e fixem domicílio no Brasil. Os dois ficarão obrigados a comparecer a cada três meses em um tribunal, para garantir que seguirão cumprindo regras de conduta.
A Promotoria apresentou formalmente a solicitação das medidas ao juiz penal de garantias, Gustavo Amarillas, nesta segunda-feira (10) deverá se pronunciar, segundo fontes consultadas pela imprensa do Paraguai.
O MP justifica a decisão por “não ter sido detectado qualquer elemento que comprove” que Ronaldinho e Assis tiveram participação direta na obtenção de documentos falsos, no caso de identidade e passaporte.
A investigação aponta que a autora do crime que foi a empresária paraguaia Dalia López, que convidou os ex-jogadores para participarem de evento e está foragido. Além disso, o brasileiro Wilmondes Sousa teria teria sido o contato dela com os irmãos. Ele foi preso, mas atualmente está em custódia domiciliar.
Segundo o Ministério Público, a empresária lidera uma rede que se dedica a produzir e utilizar documentos falsos.