O frei Gilson da Silva Pupo Azevedo, de 38 anos, tem se tornado um dos temas mais discutidos na internet. Este líder religioso, que pertence à congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo, está no centro de um embate que envolve cristãos, bolsonaristas e a esquerda.
Gilson tem atraído fiéis com suas transmissões ao vivo durante as madrugadas, especialmente na Quaresma. Esse período é conhecido por ser um tempo de penitência e reflexão antes da Páscoa.
No entanto, suas declarações controversas geraram debates acalorados. Por exemplo, ele afirmou que Deus criou as mulheres para “curar a solidão do homem” e pediu que “os erros da Rússia” não afetassem o Brasil, referindo-se ao comunismo. Essas opiniões têm sido amplamente discutidas nas redes sociais.
Trajetória do frei
Natural de São Paulo, Gilson começou a tocar violão aos 14 anos e, aos 18, entrou para a vida religiosa. Ele se tornou sacerdote em dezembro de 2013, sob ordenação de dom Fernando Figueiredo. Um ano depois, assumiu como pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista.
Música e seguidores
Além de suas funções religiosas, Gilson lidera o Ministério de Música “Som do Monte”. Ele é um cantor ativo, com aproximadamente 1,5 milhão de ouvintes mensais no Spotify. Seu perfil nas redes sociais também é impressionante, com mais de 18 milhões de seguidores.
Investigação da Polícia Federal
Recentemente, o nome do frei Gilson apareceu em um relatório da Polícia Federal (PF), que investiga a tentativa de golpe de Estado relacionada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento menciona que Gilson recebeu a “oração do golpe” do padre José Eduardo de Oliveira e Silva, que pedia que católicos e evangélicos incluíssem nomes de autoridades em suas orações.
Embora Oliveira e Silva esteja entre os 36 indiciados, frei Gilson não foi indiciado nem denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Conflitos nas redes
O embate entre bolsonaristas e a esquerda em torno de frei Gilson intensificou-se após uma publicação de Bolsonaro, no dia 9 de outubro. Os monitoramentos de conteúdos em plataformas digitais mostram que essa discussão continua a crescer.