A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) registrou neste ano um número recorde de Pessoas Privadas de Liberdade (PPLs) inscritas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São 793 candidatos inscritos para a edição 2022 do exame, 342 a mais do que no ano passado, quando houve 451 inscritos, correspondendo a um aumento de 76%. Os dados são da Escola de Administração Penitenciária (Esap).
A aplicação das provas do Enem PPL 2022 está prevista para ocorrer nos dias 10 e 11 de janeiro de 2023. Além de ter o objetivo de avaliar o desempenho dos reeducandos que já concluíram o Ensino Médio, o Enem dentro das unidades prisionais é porta de entrada para o ingresso dessa população no ensino superior, destacando a importância da educação para a ressocialização.
“Nosso objetivo é preparar e incentivar os reeducandos, para que saiam do sistema prisional com especialização e qualificação profissional por meio do ensino superior, preparados para o mercado de trabalho. A Seap tem se empenhado a cada dia para que os internos retornem para o convívio da família, com uma vida transformada”, pontuou o coronel Paulo Cesar, titular da Seap.
“É muito importante ressaltar o esforço da Seap em promover uma plenitude educacional aos internos, visto que é o mote do governo estadual a palavra ‘ressocializar’, em sua total aplicação”, complementou o secretário.
“A Esap acredita que a educação é a base de todo o processo reintegrador. Por isso, é com grande orgulho que atingimos uma marca histórica, que vem coroar um ano de boas práticas restauradoras. Dessa maneira, através do Enem, conseguiremos conceder aos reeducandos a oportunidade de ingresso num ensino superior de qualidade, garantindo que o processo ressocializador seja universal e eficaz”, destaca o tenente Tales Renan, chefe da Esap.
“O Enem é uma grande oportunidade, para nós que estamos aqui dentro do sistema, de termos a chance de nos profissionalizar através do ensino superior. Quando sairmos daqui teremos condições de conseguir emprego e, com a qualificação, atuar como profissionais”, disse um interno.