Após a suspensão do cronograma de vacinação na capital amazonense, com exceção dos servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), socorristas do pronto atendimento ameaçam paralisar atividades por conta de não estarem recebendo imunização.
Entretanto, a diretoria do Samu negou qualquer possibilidade de greve dos funcionários.
Segundo o paramédico do Samu, Denison Vilar, a principal pauta de reivindicação é a vacinação em todos os profissionais do órgão.
Além disso, o paramédico argumenta que os direitos dos profissionais não estão sendo cumpridos.
“O valor da insalubridade de 7% que corresponde 139 reais pago pela prefeitura, abaixo dos valores praticados pela legislação federal que é de 40% correspondente no mínimo a 416 reais hoje. O auxílio alimentação dos profissionais pago R$ 242 onde PMs/Bombeiros é R$ 600. Defendemos também o reajuste salarial atrasado que está defasado em mais de 30% enquanto os vereadores reajustaram seus salários em dezembro de 2020”, pontuou.
Entretanto, o diretor do Samu, Ruy Abrahim, contrapôs qualquer possibilidade de greve.
“Embora estejamos indignados com a questão da vacina, ninguém do Samu é irresponsável e inconsequente para falar em paralização de um serviço da importância do órgão, principalmente num momento como este, à exceção deste servidor de nome Denison. Um oportunista e aproveitador, que quer holofote para si, às custas da dor e do sofrimento pelos quais TODOS estamos passando. Esse servidor está muito longe de representar os trabalhadores abnegados do Samu. Como disse, é um oportunista politiqueiro que procura tirar proveito para si”, contrariou o diretor.
Abrahim acrescentou ainda que os funcionários do Samu estão trabalhando com todo o equipamento necessário e informou que os motoristas do Samu em Manaus possuem o salário mais alto se comparado a outras regiões.
“Estamos trabalhando com todas as condições possíveis, seja de segurança, seja de materiais e insumos. Não nos falta nenhum EPI. Risco, de certo, existem para todos os profissionais que trabalham na área, mas, como dito, nossas condições de trabalho estavam suficientes e corrertas! Outra, o condutor de ambulância do Samu, tem o maior salário da categoria neste estado. Nenhum outro local, público ou privado, paga os valores que eles recebem no Samu”, detalhou Abrahim.
A reportagem de A CRÍTICA questionou as secretarias de Saúde de Manaus e do Estado (Semsa e SES-AM) sobre os relatos dos funcionários do Samu. Assim que uma resposta for recebida, o posicionamento oficial das secretarias será adicionado nesta matéria.