O corpo de Alexsandro da Silva, conhecido como “Branco”, 37 anos, apontado como o temido serial killer de Tefé (AM), foi encontrado na manhã deste sábado (13) boiando em um igapó próximo à comunidade Piraruaia, interior do Amazonas. Um pescador local localizou o cadáver e, posteriormente, o Corpo de Bombeiros fez o resgate e depois encaminhou ao Hospital Regional de Tefé.
Branco estava foragido desde julho, quando escapou do presídio do município. Ele era o principal suspeito do desaparecimento da ex-companheira Ana Paula Barbosa, 28, e dos filhos dela, Kauã Miguel, 10, e Maria Ísis, 7. O último contato da família com Ana Paula ocorreu em abril de 2024, quando mensagens incoerentes passaram a ser enviadas do celular da vítima.
Cemitério clandestino com mais de 20 corpos
Durante as buscas, a polícia encontrou em uma ilha de Tefé um cemitério clandestino com pelo menos 20 ossadas. No local, peritos retiraram diversos sacos com restos mortais. Moradores acreditam que parte das vítimas era de trabalhadores da região. Branco já possuía antecedentes por estupro de vulnerável, violência doméstica e apropriação indébita. Além disso, a polícia o investigava o por assassinatos em série.
Crime brutal e necrofilia
Relatos de testemunhas e familiares apontam que o criminoso praticava necrofilia — violentava sexualmente as vítimas após matá-las. Há suspeita de que uma das vítimas possa ter sido a própria filha dele. Ademais, Branco costumava se aproximar de mães solteiras, ganhando confiança antes de cometer os crimes.
Novas ossadas e críticas à investigação
No fim de agosto, durante uma homenagem a Ana Paula e outras vítimas, familiares perceberam urubus sobrevoando a mata e localizaram novos restos humanos, incluindo um crânio e um fêmur. Portanto, essa foi a segunda descoberta de ossadas no mesmo local, reforçando as suspeitas de que Branco atuava como assassino em série.
À época, parentes das vítimas criticaram a condução das investigações e alegaram demora nas buscas e falhas na comunicação oficial. Mesmo após pedidos de reforço policial ao Ministério Público, não houve nenhuma resposta efetiva antes da morte de ‘Branco’.
A Polícia Civil do prossegue com a perícia das ossadas. Quem tiver informação adicional sobre as vítimas ou possíveis cúmplices comunique através dos números 181 ou 190.
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